IDR-Paraná celebra 50 anos de pesquisa nesta quinta

Na programação, lançamento de cultivares e de livros técnicos

29.06.2022 | 14:07 (UTC -3)
IDR Paraná Imprensa

Uma solenidade comemorativa com a presença de autoridades, lideranças, pesquisadores e técnicos ligados ao agronegócio vai marcar os 50 anos de atividades em pesquisa agropecuária do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater). O evento está programado para esta quinta-feira (30), em Londrina, e terá como ponto alto o lançamento de cinco cultivares e dois livros técnicos. 

O cinquentenário remete ao aniversário do antigo Iapar (Instituto Agronômico do Paraná, centro de pesquisas voltado à agropecuária fundado em 1972 e, a partir de dezembro de 2019, integrado ao IDR-Paraná por reforma administrativa que promoveu sua fusão com a Emater-PR, a Codapar (Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Paraná) e o CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia).

Nessa trajetória de cinco décadas, a pesquisa demonstrou elevada competência técnica na oferta de conhecimentos e soluções para os produtores, de acordo com Natalino Avance de Souza, diretor-presidente do IDR-Paraná. “A agropecuária do Estado conta com uma pesquisa madura, dinâmica, atenta e responsiva aos constantes e inevitáveis desafios do setor produtivo”, resume ele.

Cultivares

O IDR-Paraná oferece ao setor produtivo quatro opções para cultivo no inverno — aveia branca IPR Andrômeda, cártamo IPR 211 e canola IPR 212 para a produção de grãos e renda, e o nabo forrageiro IPR 210, prioritariamente destinado ao uso como planta de cobertura em estratégias de manejo conservacionista do solo — e a variedade de milho IPR 216, que pode ser cultivada nas duas safras e tem aptidão tanto para a produção de grãos como para silagem.
“Em 50 anos de atividades, a instituição registrou 220 cultivares no Ministério da Agricultura, das mais variadas culturas de interesse econômico”, enumera a diretora de pesquisa e inovação da instituição, Vania Moda Cirino.

LIVROS — Também está previsto na solenidade comemorativa o lançamento de dois livros, ambos abordando o tema plantas daninhas. 

“Plantas daninhas em pastagens do Paraná”, do pesquisador Walter Miguel Kranz, apresenta o resultado de levantamento conduzido em 167 propriedades típicas de quatro grandes regiões – Primeiro e Segundo Planaltos, Terceiro Planalto, Arenito e Campos Nativos.
Escrito pelo pesquisador Francisco Skora Neto, a redução do uso de herbicidas para controlar plantas daninhas em plantio direto é a abordagem central do segundo livro, “Manejo sustentável de plantas daninhas: fundamentos para um sistema de plantio direto sem herbicida”.

Conquistas

Nesses 50 anos de atuação, a pesquisa do IDR-Paraná construiu uma trajetória de credibilidade e conquistas, tornando-se referência nacional e, em alguns campos da inovação científica para a agricultura tropical, internacional.

O Estado foi um dos precursores em estudos sobre plantio direto no Brasil. Com abordagem em microbacias, pesquisadores do IDR-Paraná desenvolveram e adaptaram métodos de terraceamento e cultivo mínimo que possibilitaram recuperar milhares de hectares de solo cultivado e inspiraram projetos similares em outras regiões brasileiras e também na América Latina e na África. 

Outro exemplo é o caso dos estudos que possibilitaram manejar o cancro cítrico e viabilizar a inserção do Paraná no mapa da produção nacional e internacional de frutas cítricas.

No melhoramento genético de plantas, destaca-se o desenvolvimento de cultivares de maçã apropriadas para cultivo em regiões de inverno ameno, hoje cultivadas em todos os Estados do Sul do Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. 

Também é obra do IDR-Paraná a criação da primeira raça paranaense – e a primeira no Brasil desenvolvida por um centro estadual de pesquisa – de bovino para corte, o Purunã, obtido a partir de cruzamentos envolvendo animais puros das raças Aberdeen Angus, Canchim, Caracu e Charolês. 

A pesquisa do IDR-Paraná também investe na formação de novos pesquisadores e técnicos, por meio de um mestrado em agricultura conservacionista, mantido em parceria com a UEL (Universidade Estadual de Londrina), e um programa de iniciação científica que já tem 30 anos e, nesse período, acolheu 1,8 mil estudantes de graduação de cursos de ciências agrárias e áreas correlatas.

Ao longo desse período, os pesquisadores do IDR-Paraná assinaram inúmeros artigos nos mais conceituados periódicos do meio acadêmico e publicaram mais de 600 livros e boletins técnicos direcionados à transferência de tecnologias para produtores, profissionais da assistência técnica e estudantes.

Solenidade

A solenidade comemorativa dos 50 anos de pesquisa no IDR-Paraná está programada para a tarde de quinta-feira (30), às 14h30, na sede londrinense da instituição.  

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