A secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo, se reuniu, em Brasília, com dirigentes da Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e Agroindústria (AgroBio) para ampliar o debate sobre biotecnologia e as exigências dos principais mercados importadores de grãos brasileiros, que são a China, Rússia, o Japão, os Estados Unidos e a União Europeia.
O setor produtivo e o governo federal querem reduzir os entraves comerciais para facilitar as negociações com países compradores de sementes geneticamente modificadas. Segundo a secretária, a medida pode contribuir para o Brasil aumentar as exportações em geral. A China, por exemplo, é um dos principais compradores de soja e milho com o uso de biotecnologia.
A secretária afirma que houve avanços nas negociações com a China e com a Rússia. Só em 2015, os chineses importaram do Brasil cerca de 54 milhões de toneladas de soja e 28 milhões de toneladas de milho. Grande parte desses produtos é geneticamente modificada. Em reunião agendada para 10 e 11 de maio, em Brasília, o grupo Brasil-China de biotecnologia vai discutir cooperação na área regulatória e na pesquisa.
No mês passado, uma delegação russa esteve no Brasil para conhecer os procedimentos de controle de grãos e farelo de soja geneticamente modificados e avaliar a possibilidade de expansão do comércio. Em 2015, o Brasil exportou para o país cerca de 1 milhão de toneladas de soja.