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O Primeiro-Ministro francês, Gabriel Attal, e parlamentares de diferentes espectros políticos expressaram oposição ao acordo entre União Europeia e Mercosul. Isso ocorre em um momento de crescentes protestos de agricultores na Europa. Eles se opõem ao acordo por razões como baixos salários, impostos elevados, burocracia e padrões exigentes da UE. Além disso, temem o impacto dos acordos de livre comércio na agricultura europeia.
Agricultores de vários países europeus, incluindo Polônia, Espanha, Alemanha, Romênia, França e Bélgica, estão protestando. Eles argumentam que os acordos de livre comércio representam uma ameaça à agricultura da UE. A Comissão Europeia planeja apresentar uma avaliação do impacto dos acordos de comércio. O acordo UE-Mercosul enfrenta oposição na França, Irlanda e no Parlamento Europeu. As críticas se concentram nas importações agrícolas previstas para a UE.
O acordo entre a UE e o Mercosul está em negociação há cerca de 20 anos. Houve avanços em 2019, mas as relações esfriaram durante o governo de Jair Bolsonaro no Brasil. Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, as esperanças de assinatura do acordo ressurgiram. A França, contudo, reiterou sua oposição. O primeiro-ministro Attal declarou que a França se opõe ao tratado desde o início.
Mais de 100 parlamentares franceses enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pedindo um "não firme" ao acordo. Eles estabeleceram "três linhas vermelhas": condicionar o acordo ao cumprimento dos compromissos climáticos, evitar o aumento da desflorestação importada e exigir que os produtos agroalimentares cumpram os padrões europeus de saúde e meio ambiente.
Apesar da oposição francesa, o chanceler alemão Olaf Scholz e o Presidente brasileiro Lula da Silva comprometeram-se a concluir o acordo. No entanto, há dúvidas sobre a capacidade da França de influenciar a decisão final da UE.
A situação atual mostra um impasse significativo no acordo UE-Mercosul. A oposição francesa, baseada em preocupações ambientais e de padrões agrícolas, contrasta com o apoio de outros países membros da UE. O desfecho dessa disputa é incerto.
A carta enviada por parlamentares franceses pode ser lida no link abaixo
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