FPT Industrial apresenta a evolução e as tendências do mercado de lubrificantes

No 14º Fórum SAE Brasil de Tecnologia de Motores Diesel a marca teve a participação do presidente Marco Rangel e do especialista Gustavo Teixeira

31.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Ana Cecília Rezende

Como o mercado de lubrificantes está atendendo às evoluções de powertrain? Foi com esse mote que a FPT Industrial fez a sua apresentação no 14º Fórum SAE Brasil de Tecnologia de Motores Diesel, promovido em Curitiba (PR), nos dias 22 e 23 de agosto.

No evento, o especialista Gustavo Teixeira, palestrou sobre as tendências de lubrificantes para pesados na América Latina. O porta-voz iniciou sua fala explicando as principais funções de um lubrificante e sua composição química.

Segundo Teixeira, houve um grande avanço nos lubrificantes no último século. “Em 1.900, existia uma grande quantidade de fuligem no óleo, fazendo com que as trocas fossem a cada 2 mil km. A primeira classificação de óleos foi criada na década de 40, com o API CA. E de lá para cá, cada novo lubrificante desenvolvido precisa ser sempre compatível com as versões anteriores”, afirma.

Dez anos mais tarde, foi lançada a segunda classificação, com o API CB, e entre os anos 80 e 90, período em que houve um expressivo desenvolvimento do mercado, foram criadas outras quatro classificações, com os lubrificantes API CE, CF, CF-4 e CG-4 (com características especiais para os motores de quatro tempos). Em 1998, foi apresentada o CH-4, e quatro anos mais tarde, o CI-4.

“Só em 2006 foi criado o CJ-4, desenvolvido para atender à legislação de 2010, mas que ainda não está totalmente difundido no Brasil. Os óleos tiveram melhoras importantes, os modificadores de viscosidade foram aperfeiçoados, os depressores atingiram bons níveis de fluidez, mas não podemos parar, pois os desafios surgem todos os dias”, pontuou o especialista.

Atenta às tendências, a FPT Industrial testou o uso do lubrificante API CJ-4 em uma colhedora de cana, da Case IH, uma das marcas da CNH Industrial. Durante a colheita da safra, a ação possibilitou a extensão do período de troca de óleo.

De acordo com Teixeira, enquanto os outros equipamentos monitorados fizeram sete paradas, a máquina que utilizou o CJ-4 fez apenas cinco. “Isso é muito bem visto pelo produtor: menos paradas e, consequentemente, aumento da produtividade, além de menos resíduos para o meio ambiente”, afirma. Com esse case, a FPT Industrial conquistou o Prêmio AEA de Meio Ambiente, na categoria tecnologia.

Para que as novas tecnologias sejam desenvolvidas é importante entender as tendências que permeiam esse setor. Os recordes no campo exigirão maiores intervalos de trocas de óleo, os novos limites de emissões serão uma etapa de grandes mudanças entre os anos de 2022 e 2031 e o desenvolvimento de novos combustíveis nos próximos anos demandará maior atenção dos fabricantes e testes aprofundados.

Todos esses desafios, as evoluções de motores e combustíveis, requerem melhores características técnicas do lubrificante – entre elas, resistência à oxidação, cisalhamento e evaporação. “Além do controle das cinzas para a proteção dos sistemas pós-tratamento e da busca constante por melhores viscosidades e redução de consumo de combustível, ocorrerá também maior oferta de óleos sintéticos. Os óleos minerais continuarão existindo para aplicações focadas em baixo custo e os lubrificantes API CK-4 e API FA-4, já utilizados nos Estados Unidos, passarão por um período de testes para que estejam disponíveis no mercado brasileiro a partir de 2019,” conclui o especialista.

O presidente da FPT Industrial, Marco Aurélio Rangel, também participou do Fórum e foi mediador do painel “Tecnologia Diesel com foco no Euro VI”. Na oportunidade, representantes internacionais de montadoras e sistemistas debateram sobre alguns desdobramentos da norma: as abordagens de baixo custo, as tecnologias de emissões de consumo de combustível e robustez e a experiência de filtro particulado diesel e tecnologias de substratos para aplicações em veículos pesados.


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