Combate a pesticidas ilegais se multiplica com ações integradas
Evento em Campinas discutiu ações de empresas e do poder público para reduzir ocorrências; destinação de produtos apreendidos foi debatida
As propostas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2024/2025, entregue nesta semana ao Ministério da Agricultura, traduz com fidelidade as necessidades dos produtores rurais na avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
As propostas foram elaboradas com a participação da Faesc e outras Federações, Sindicatos Rurais, produtores e entidades setoriais. O documento contém dez pontos considerados prioritários para o próximo Plano Safra, focados no aumento dos recursos financiáveis e do volume para o seguro rural; prioridade para as linhas de investimento; regulamentação da lei que criou o Fundo de Catástrofe; fomento do mercado de capitais e títulos privados, entre outros.
“É essencial que os recursos sejam acessíveis, com encargos suportáveis e que estejam disponíveis em todas as agências bancárias que operam com o crédito rural no tempo certo”, assinala Pedrozo. Ele expôs que “o produtor tem tempo certo para comprar os insumos, cultivar, plantar e colher e se o dinheiro não estiver à disposição na hora em que é necessário, a safra fica prejudicada”.
Além das propostas prioritárias, o documento possui 7 capítulos: Introdução, Diretrizes Fundamentais no Fortalecimento das Políticas Agrícolas, Crédito Rural, Agricultura Familiar, Gestão de Riscos as Atividade Agropecuária, Comercialização e Mercado de Capitais.
O presidente da Faesc repercutiu a principal reivindicação da CNA que está relacionada ao volume de recursos do seguro rural. Lembrou que as adversidades climáticas provocadas pelo fenômeno El Niño – secas prolongadas ou excesso de chuvas – prejudicam o setor que, também, sofre com doenças e pragas. Por isso, o governo precisa aumentar a oferta de crédito, pois o seguro é uma necessidade básica para o produtor se manter na atividade.
O seguro contribui para manter os níveis de produção e controlar a inflação dos alimentos, lembrou Pedrozo.
Entre as dez propostas divulgadas, a CNA destaca no documento a garantia de suplementação de R$ 2,1 bilhões ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) em 2024 (totalizando R$ 3 bilhões) e R$ 4 bilhões para 2025.
A entidade também propõe R$ 570 bilhões em recursos financiáveis do PAP, sendo R$ 359 bilhões para custeio e comercialização, R$ 111 bilhões para investimentos e R$ 100 bilhões para agricultura familiar. A Confederação defende a garantia de que os recursos anunciados estejam disponíveis ao longo de toda a safra.
As propostas da CNA para o Plano Agrícola foram publicadas na íntegra pela Revista Cultivar. Confira todas as informações clicando no link.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura