Exportações dos Cafés do Brasil batem recorde histórico mensal pelo terceiro mês consecutivo

Receita cambial gerada com a exportação de 4,3 milhões de sacas em novembro de 2020 foi de R$ 2,9 bilhões

17.12.2020 | 20:59 (UTC -3)
Embrapa

As exportações dos Cafés do Brasil, considerando a soma de café arábica, conilon e solúvel torrado & moído, em novembro de 2020 registraram, pelo terceiro mês consecutivo, novo recorde histórico mensal, ao atingirem 4,3 milhões de sacas de 60kg, volume 32,2% maior do que em novembro de 2019. O café solúvel foi responsável por 7,2% das exportações com o volume equivalente a 313,4 mil sacas. O café conilon teve uma participação de 7,7%, com a exportação de 334 mil sacas, enquanto o café arábica se destacou com 85,1% do total embarcado ao atingir 3,7 milhões de sacas. Vale destacar o aumento de 33,9% na exportação do café arábica se comparada a novembro de 2019, bem como o significativo crescimento de 63,6% no volume exportado de café conilon, nos mesmos termos comparativos.

Com relação à receita cambial, o valor gerado pelas exportações dos Cafés do Brasil no mês de novembro de 2020 foi US$ 542 milhões, um aumento de 32,3% se comparado com o valor de novembro do ano passado. Na conversão em reais, considerando a cotação média do dólar de aproximadamente R$ 5,35 no mês de novembro de 2020, a receita das exportações em moeda brasileira atingiu por volta de R$ 2,9 bilhões, a maior receita para o mês de novembro dos últimos cinco anos, um expressivo aumento de 72,5% se comparada a novembro de 2019.

Ao analisarmos os números do atual ano civil, janeiro a novembro de 2020, a receita cambial gerada com as exportações dos Cafés do Brasil foi US$ 5 bilhões, aumento de 6,7% se comparada com a receita dos onze primeiros meses de 2019. Na conversão em reais, o valor foi equivalente a R$ 25,9 bilhões, que representa um crescimento de 40%, em relação ao mesmo período do ano passado.

Com relação ao volume exportado nos onze primeiros meses de 2020, verifica-se que foram embarcados o equivalente a 39,8 milhões de sacas de 60kg, um aumento de 5,7% se comparado ao mesmo período do ano passado. O café arábica teve participação de 79,3% nas exportações de 2020, com 31,5 milhões de sacas, já os embarques de café conilon corresponderam a 11,4% do total, com 4,5 milhões de sacas, e, com 9,3% dos embarques, o café solúvel exportou o equivalente a 3,7 milhões de sacas. Vale destacar o aumento de 25,7% nas exportações de café conilon se comparado aos onze primeiros meses do ano passado.

Vale destacar, conforme os dados divulgados pelo Cecafé, no Relatório mensal novembro 2020, os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, de janeiro a novembro de 2020, num ranking em ordem decrescente. Em primeiro, como principal país comprador do café brasileiro, figuram os Estados Unidos, que importaram 7,2 milhões de sacas de café, as quais correspondem a 18,2% do total vendido no período; depois vem a Alemanha, com 6,7 milhões de sacas importadas (16,9%); Bélgica, em terceiro, com 3,3 milhões de sacas (8,4%); na sequência, Itália com 2,8 milhões de sacas (7,2%); e Japão, em quinta colocação, com 2,1 milhão de sacas (5,2%).

Na sequência, na sexta posição, vem a Turquia, com 1,3 milhão de sacas (3,3%); Federação Russa, em sétimo, com 1,1 milhão de sacas (2,9%); México – oitavo – com 971,9 mil sacas (2,4%); a Espanha, nona colocada, com 856,5 mil sacas (2,2%); e, por fim, o Canadá, em décimo lugar, com a importação de 809,2 mil sacas, volume físico que corresponde a 2% das exportações dos Cafés do Brasil no período em foco. Neste contexto, merece destaque o fato de a Bélgica ter apresentado aumento nas aquisições do café brasileiro nesse período em torno de 42,6%, se comparadas ao mesmo período do ano passado.

Por fim, vale destacar o aumento de 60,3% nas exportações brasileiras de café verde para países produtores, em 2020, chegando ao volume equivalente a 2,1 milhões de sacas de 60kg. Também merecem destaques os aumentos de 99% nas exportações para a América Central, 50,9% para a África, 34,7% para a América do Sul, 23,3% para o Leste Europeu, 26,7% para os países do BRICS e 12,9% para os países árabes, sempre utilizando os onze primeiros meses de 2019 como termo comparativo.

Os números e demais dados da performance das exportações dos Cafés do Brasil que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatório mensal novembro 2020, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. 

Com relação especificamente aos cafés diferenciados – que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – o Brasil exportou o equivalente a 7 milhões de sacas de 60kg, no período de janeiro a novembro de 2020, esse volume, 1,4% maior que do ano passado, representou 17,7% do total exportado dos Cafés do Brasil no ano, gerando uma receita cambial de US$ 1,1 bilhão, o que torna os cafés diferenciados responsáveis por 22,8% de toda a receita cambial gerada com as exportações dos Cafés do Brasil no corrente ano civil.

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