Exportações do agronegócio somam US$ 52,8 bilhões no acumulado do ano

Faturamento do setor corresponde a 49,6% do total do comércio exterior brasileiro de janeiro a julho

08.08.2016 | 20:59 (UTC -3)
Inez De Podestà

As vendas externas brasileiras do agronegócio chegaram a US$ 52,8 bilhões entre janeiro e julho de 2016, o que representou crescimento de quase 1% em relação ao mesmo período de 2015. Já as importações apresentaram queda de quase 12% nos valores, atingindo US$ 7,24 bilhões. Assim, o saldo comercial do setor ficou positivo em US$ 45,58 bilhões. O setor representou 49,6% das exportações totais do país nesses sete meses.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Resultado de julho

As exportações brasileiras do agronegócio diminuíram de US$ 9,11 bilhões em julho de 2015 para US$ 7,81 bilhões em julho de 2016. Esses números indicam uma queda de US$ 1,3 bilhão na comparação entre julho de 2015 e 2016 ou -14,2%. As importações, por sua vez, decresceram de US$ 1,15 bilhão em julho de 2015 para US$ 1,14 bilhão em julho de 2016. Uma redução percentual de -0,6%.

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio em julho de 2016 foram complexo soja (39% do total das exportações); carnes (15,1%; complexo sucroalcooleiro (15,0%); produtos florestais (10,7%); e café (4,1%). Esses cinco setores foram responsáveis por 83,8% das exportações do agronegócio em julho de 2016.

A queda internacional dos preços de vários produtos exportados pelo Brasil, como por exemplo, carne suína (- 21%), bovina (- 12,6%), frango (- 3,4%), celulose (- 15%), suco de laranja (- 8,6%), e também a diminuição das quantidades exportadas no mês foram fundamentais para explicar o recuo dos valores exportados pelo Brasil.

Outros produtos apresentaram aumento do preço médio no mesmo período comparado, como o açúcar (18%); o complexo soja, com destaque para a soja em grãos (+9,7%) e farelo de soja (+7,6%); frutas (+8,6%) e milho (+3,5).

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