Antecipado em um ano aumento do uso de biodiesel
Medida tem por objetivo reduzir importações brasileiras de diesel para atender ao mercado interno
As exportações do agronegócio atingiram US$ 8,02 bilhões, em outubro, com crescimento de 39,9% sobre igual mês no ano anterior, quando as vendas externas do setor somaram US$ 5,74 bilhões. Já as importações caíram 5,5%, no mesmo período comparativo, situando-se em US$ 1,14 bilhão. Como resultado, houve aumento do superavit do setor, passando de US$ 4,53 bilhões para US$ 6,89 bilhões.
O agronegócio representou 42,5% das exportações brasileiras no último mês. Em relação às importações, a representatividade dos produtos agropecuários foi de 8,3% no período.
Desempenho de setores
Os produtos de origem vegetal representaram 78,1% do volume do agronegócio exportado no mês, somando US$ 6,27 bilhões, e os origem animal somaram US$ 1,75 bilhão. O complexo soja liderou a pauta, com destaque para o grão, cujas vendas atingiram US$ 939,26 milhões. As exportações de farelo somaram US$ 423,53 milhões e as de óleo, US$ 100,96 milhões. O desempenho deveu-se ao maior volume embarcado, já que os preços apresentaram queda: grão (-8,8%), farelo (-13,3%) e óleo (-9,7%).
As carnes ocuparam a segunda posição no ranking, com US$ 1,42 bilhão, se destacando as de frango (US$ 623,78 milhões (+ 24,4%, em 12 meses) e bovina, com US$ 601,65 milhões (+38,1%). As vendas de carne de frango e bovina in natura foram recordes, em quantidade, com 335,24 mil toneladas e 119,08 mil toneladas, respectivamente. Mas houve queda nas vendas de carne suína (-7,8%; caindo para US$ 134,35 milhões) e carne de peru (-19,5%; paraUS$ 25,30 milhões).
Destacaram-se, ainda, o complexo sucroalcooleiro, com US$ 1,12 bilhão, em exportações. O açúcar predominou no setor, atingindo US$ 1,03 bilhão (91,9%). As exportações de álcool cresceram 122,3%, no período, (+131,9% em quantidade e -4,1% em preço).
Produtos florestais somaram US$ 1,02 bilhão, posicionando o setor como o quarto principal do agronegócio em outubro. A celulose foi destaque, somando US$ 538,99 milhões, com aumento de 18% (-1,8% em quantidade e +20,1% em preço). Houve crescimento de 40,9% nas vendas de madeiras e suas obras (+69,2% em quantidade e -16,7% em preço), atingindo US$ 313,58 milhões. As exportações de papel também avançaram (12%), passando para US$ 163,72milhões.
Na quinta posição da pauta, situaram-se as exportações de cereais, farinhas e preparações (US$ 823,92 milhões), lideradas pelo milho, que foi responsável por 94% do total. O aumento no volume embarcado foi de 356,3%, reflexo da produção recorde de 97,71 milhões de toneladas estimada para a safra 2016/2017, depois de um ano em que houve quebra de produção.
Mercados
A Ásia manteve-se como a principal região de destino das exportações do agronegócio brasileiro, alcançando US$ 3,30 bilhões, em outubro, com aumento de 56,5%, ampliando a participação da região no total das exportações, de 36,8% para 41,1%. A União Europeia, segundo principal destino, registrou crescimento de 23,3% no valor nas exportações, mas a participação no total das exportações caiu de 22,1% para 19,5%.
Importações
Os produtos agropecuários importados tiveram queda de 45,7%, no segmento de cereais, farinhas e preparações, implicando em redução de US$ 150,96 milhões. O decréscimo atribui-se principalmente ao recuo nas aquisições de milho (-81,2%) e de trigo (-32,7%). Também caíram substancialmente as compras de cevada (-63,5%), malte (-49,4%) e arroz (-47,1%).
Acumulado no ano
As exportações do agronegócio de janeiro a outubro acumulam o equivalente a US$ 82 bilhões (+12,2% sobre o mesmo período do ano anterior). As importações também cresceram, passando de US$ 10,99 bilhões entre janeiro e outubro de 2016 para US$ 11,82 bilhões entre janeiro e outubro de 2017 (+7,6%). O crescimento das exportações do agronegócio possibilitou ampliar o superavit comercial, que subiu de US$ 62,11 bilhões, no período de 10 meses, para US$ 70,18 bilhões.
Acumulado em 12 meses
Nos últimos doze meses, as exportações brasileiras do agronegócio brasileiro somaram US$ 93,84 bilhões, montante que representa crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período anterior, quando somaram US$ 86,59 milhões. As importações foram de US$ 14,46 bilhões, resultando em saldo comercial positivo de US$ 73,71 bilhões.
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