Área plantada de arroz em Goiás deve ter crescimento de mais de 23%, diz o IBGE
A produção do grão no estado deve chegar a 110,8 mil toneladas, um aumento de 17,7% em relação à safra anterior
As exportações brasileiras de arroz (base casca) superaram meio milhão de toneladas no primeiro semestre de 2024. Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), as vendas externas totalizaram 556,4 mil t de janeiro a junho, com receita de US$ 219,9 milhões.
Ainda de acordo com a Abiarroz, os embarques do cereal recuaram 31,7% em volume e 22,1% em receita no primeiro semestre, em relação a igual período de 2023, quando alcançaram, respectivamente, 814,5 mil toneladas e US$ 282,1 milhões.
Já as exportações de arroz beneficiado nos primeiros seis meses de 2024 atingiram 446 mil t, representando US$ 175,3 milhões. No primeiro semestre de 2023, o Brasil embarcou 383,7 mil t do beneficiado, com divisas de US$ 120 milhões. Na comparação com igual período do ano passado, houve crescimento de 16,2% em volume e de 46% em receita.
Em junho, as exportações de arroz (casca) somaram 62,3 mil t, significando US$ 30,5 milhões. Em relação ao mesmo mês de 2023, quando os embarques totalizaram de 125 mil t, com faturamento de US$ 46,4 milhões, houve retração de 50,1% em volume e de 34,3% em receita.
No mês passado, as vendas externas do cereal beneficiado totalizaram 34,7 mil toneladas, com divisas de US$ 17,5 milhões, o que significou uma queda de 25% em volume. Os principais destinos do produto foram República Dominicana, Peru, Bélgica, Trinidad e Tobago, Cuba, Guatemala, Curaçao, Panamá, Canadá e Cabo Verde.
Segundo Beatriz Sartori, gerente de Exportação da Abiarroz, as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, principal estado produtor de arroz do país, impactaram muito a infraestrutura e logística: estradas foram destruídas, regiões ficaram isoladas por longos períodos e houve alterações no calado do Porto de Rio Grande. “Esses fatores têm impactado fortemente os resultados das exportações brasileiras, pois dificultam e encarecem a logística", explica.
A gerente de Exportação da Abiarroz pontua ainda que conjunturas globais também têm impactado o setor. “Além da menor disponibilidade de rotas provocada pela alteração do calado no Porto de Rio Grande, devido às enchentes, há uma alta nos fretes marítimos em todo o mundo, pressionada pelos ataques aos navios no Mar Vermelho, por causa da guerra entre Israel e Hamas”, detalha.
No primeiro semestre deste ano, o Brasil importou 813,8 mil, com desembolso de US$ 356,3 milhões, um aumento de 11% em volume. Em junho, as importações alcançaram 108,7 mil t, representando 52,4 milhões.
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