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Em 2022, a América Latina tem sido destaque em importações de maquinários brasileiros. Países como a Colômbia, o México e o Paraguai importaram juntos uma soma de US$747,5 milhões em máquinas e equipamentos no primeiro semestre.
Para estimular as exportações e aproximar o mercado estrangeiro dos fornecedores nacionais, órgãos de economia mista, associações de classe e o governo brasileiro vêm criando iniciativas de sucesso. Programas como o BMS – Brazil Machinery Solutions, uma parceria entre a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), têm promovido empresas brasileiras ao organizar missões empresariais e patrocinar suas participações nos principais eventos internacionais.
Somente no primeiro semestre de 2021 foram 13 eventos em setores como o agrícola, avícola, metal-mecânico, têxtil, alimentício, plásticos e de mineração.
O Brasil tem superado os desafios com burocracia e logística dos anos mais recentes. Detentor da nona economia mundial com um PIB de US$1,87 trilhões, o setor de máquinas e equipamentos exportou US$5,6 bilhões em produtos no primeiro semestre deste ano, um volume 29% superior ao mesmo período de 2021.
Desse total, a Colômbia importou US$204,9 milhões, um crescimento de 61,8% na comparação com o primeiro semestre do ano passado. Entre os principais segmentos importados estão Máquinas Rodoviárias (16,1%); Projetos e Equipamentos Pesados (15,6%) e Máquinas e Implementos Agrícolas (11,3%).
O México alcançou US$239,9 milhões, um aumento de 26,2% em relação ao mesmo período de 2021. O país importou principalmente Máquinas Rodoviárias (27,6%); Máquinas-Ferramenta e Sistemas Integrados de Manufatura (8,6%) e Máquinas e Implementos Agrícolas (8,4%).
O Paraguai, por sua vez, movimentou US$302,7 milhões, alta de 28,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Máquinas e Implementos Agrícolas (57,4%); Movimentação e Armazenagem de Materiais (8,2%) e Alimentícia, Farmacêutica e Refrigeração Industrial (6,1%) foram os maquinários mais importados pelo país em 2022.
Além da conjuntura internacional com uma combinação de fatores como tecnologia, economia e geopolítica, o que mudou exatamente?
Patrícia Gomes, Diretora de Mercado Externo da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) explica: “Ações como as apoiadas pelo Brazil Machinery Solutions são bastante estratégicas pois demonstram a importância do comércio exterior como parte determinante da política externa brasileira. O BMS tem apostado em feiras, no desenvolvimento de estudos de mercado e em rodadas de negócios, aproveitando a demanda por participações internacionais e a mobilidade internacional facilitada. O incentivo às exportações - incluindo as pequenas e médias empresas do setor que são as principais responsáveis pela geração de emprego no país - traz resultados importantes à economia”.
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