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A última reunião ordinária de 2024 da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco reuniu representantes de entidades do setor na manhã desta quarta-feira, 30 de outubro. Organizada pelo Ministério da Agricultura (Mapa), o encontro, no formato híbrido, tratou de diversos temas de interesse da cadeia produtiva.
Romeu Schneider, presidente da Câmara, deus as boas-vindas ao novo presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, que atualizou o grupo sobre a nova diretoria que será empossada no dia 08 de novembro, em Santa Cruz do Sul (RS), para a gestão 2024-2027.
O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, também apresentou informações acerca das exportações. “Devemos ter uma exportação acima da média dos últimos ano em dólares e, se a tendência se confirmar, podemos superar a marca dos US$ 3 bilhões. É uma demonstração de que nosso sistema integrado está plenamente ativo, gerando renda, empregos, divisas”, comentou trazendo a projeção da consultoria Deloitte que indica queda no volume, entre -15% e -10,1%, e aumento no valor das vendas externas, entre 20,1% e 25%.
Até o momento, segundo o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat), entre janeiro e setembro foram embarcadas 316 mil toneladas, o que representa uma redução de -14% em relação ao mesmo período de 2023. Já em dólares, foram US$ 2,03 bilhões embarcados, uma variação positiva de 3,44% se comparado com o ano anterior. Bélgica, China, Estados Unidos, Indonésia e Egito estão entre os maiores importadores até o momento. Em 2023, o Brasil exportou 512 mil toneladas e US$ 2,729 bilhões para 107 países importadores, com destaque para a União Europeia (42%).
O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Drescher, compartilhou o resultado final da safra 2023/24 e as perspectivas para a safra 2024/25. Segundo a Afubra, a produção de tabaco da safra 2023/24 teve o envolvimento de 133 mil famílias da Região Sul do Brasil, um incremento de 6,62% em relação com a safra 2023/22. Aumento semelhante observou-se também na área plantada: foram 284.184 mil hectares, incremento de 8,57%. “Nas últimas safras tivemos uma remuneração média mais satisfatória para os produtores, o que acaba estimulando o aumento de área e de produtores que aderem ao cultivo”, explicou Drescher.
O excesso de chuvas no período foi a principal causa da redução do volume da safra, que teve como resultado final 508.041 toneladas, uma diminuição de -16,12% em comparação com a safra 2023/2022. “Também por conta desta redução, o preço médio do tabaco aumentou quase 28%”, comentou o representante dos produtores.
“Já estamos com o cultivo encerrando em quase todas as áreas e temos percebido um aumento de área, estimulada pela última remuneração. Em meados de novembro devemos ter alguma previsão sobre a área cultivada e o número de famílias produtoras envolvidas na atividade”, disse Drescher sobre as perspectivas para a safra 2024/2025 que já tem 8,5% do tabaco colhido.
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