Brasil exporta 39,2 milhões de sacas de café em 2023
Embarques de canéforas disparam 212% e têm segunda melhor performance da história; China se destaca e sobe para 6º lugar no ranking dos principais destinos
O ano de 2023 foi de grandes conquistas para a Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer), que embarcou mais de 1.3 milhão de sacas de 60kg de café, 20% a mais do que em 2022, e atingiu um recorde histórico. Esta comercialização representa mais de 1.328.256.000 (um bilhão, trezentos e vinte e oito milhões e duzentos e cinquenta e seis mil). Atualmente, a região produz cerca de 15% do café de todo o país e os bons resultados vieram em um período muito importante para a cooperativa, que completou 30 anos de atividade no último ano.
Outro grande marco, não só para a Expocacer, mas para a história da cafeicultura, foi a consagração da cooperativa como a primeira do mundo a receber o certificado de regenerativa.
“Nossa estratégia está alinhada às demandas do mercado, não apenas do café como um produto, mas principalmente com um olhar para a cadeia de produção e consumo. Estes resultados representam o esforço e compromisso dos nossos cooperados que vêm fazendo um trabalho de excelência há anos, tanto com a sociedade, quanto com os grãos e com o meio ambiente", diz Ítalo Henrique, diretor Comercial da Expocacer.
Com mais de 8.100 hectares de café regenerativo, a cooperativa recebeu o certificado pela Regenagri®, entidade global que tem como objetivo garantir a saúde e a preservação do solo, atestada pela inglesa, Control Union. Este selo confirma a integridade dos processos da Expocacer na recepção e no tratamento dos cafés certificados como regenerativos, evidenciando as práticas sustentáveis que são realizadas, como a energia renovável, coleta seletiva e a rastreabilidade dos cafés armazenados, acompanhando o percurso do produto desde sua entrada no armazém, até sua distribuição aos consumidores finais.
Ainda pensando na harmonia com o meio ambiente, a cooperativa adotou o consumo de energia limpa e sustentável, por meio da geração da energia solar fotovoltaica. A iniciativa vai promover uma redução permanente de emissão de carbono e dos custos com energia elétrica da Expocacer, o que deve significar uma diminuição mensal na emissão de 12 toneladas de carbono. A geração de energia das placas solares é equivalente ao plantio de 105,8 árvores, evitando a emissão de 77,45 toneladas de CO2 e a não utilização de 65,22 toneladas de carvão vegetal.
O ano foi evidenciado por várias iniciativas e parcerias inéditas, como a publicação de um estudo feito pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), realizado em 20 propriedades de café associadas à cooperativa, que aponta que as fazendas sequestram mais carbono do que emitem. O instituto constatou um valor de emissões negativo, de -0,2 tonelada de dióxido de carbono, equivalente a um por hectare ao ano.
Este fenômeno acontece quando o sequestro do carbono oriundo do solo e das plantas é maior que as emissões, e ao analisar as estimativas de emissão de GEE das fazendas, o Imaflora chegou ao valor absoluto de 15.400 tCO2e.ano-1, número considerado baixo.
“Os cooperados da Expocacer estão sempre na vanguarda da tecnologia, inovação e sustentabilidade. O balanço de carbono feito em parceria com o Imaflora comprova o trabalho sustentável que nossos produtores têm feito há mais de 10 anos. Para tanto, possuímos um departamento exclusivo para assuntos ligados à sustentabilidade, onde orientamos e fomentamos as boas práticas também entre os cooperados”, disse Farlla Gomes, Coordenadora Técnica em Sustentabilidade da Expocaccer.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura