Seminário internacional sobre perdas de grãos terá transmissão ao vivo
Seminário internacional sobre perdas na armazenagem e transporte de grãos acontece dias 28 e 29 de novembro
Os índices de perdas no transporte de grãos no Brasil estão abaixo do nível de tolerância de 0,25% utilizada atualmente pelas transportadoras, chegando a 0,1% no caso do milho. O dado consta de resultados preliminares do estudo de Perdas no Transporte Rodoviário de Grãos coordenado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e desenvolvido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
O resultado está entre os temas debatidos no Seminário Internacional sobre Perdas na Armazenagem e Transporte de Grãos, realizado nesta quarta (28/11) e quinta-feira (28/11) pela Companhia, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Trata-se do primeiro estudo realizado no país que mensura a perda de grãos no momento do transporte. “O parâmetro é fundamental para identificar os desafios a serem vencidos para diminuir ainda mais o índice e chegar aos menores patamares possíveis de perda”, afimou o superintendente de Armazenagem da Conab, Stelito dos Reis.
A pesquisa também revela remoções de trigo e do arroz em casca. No primeiro caso, o indicador aponta perda de cerca de 0,17%. A situação é ainda melhor para o segundo produto, com índice de aproximadamente 0,13%. Essas métricas apontam perda, por tonelada transportada, de 1,2 kg/t para o milho, 1,7 kg/t para o trigo e 1,29 kg/t para o arroz em casca. A estimativa de valor dessas perdas equivalem a R$ 0,51/t, R$ 1,40/t e R$ 1,13/t, respectivamente.
O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson de Araujo Vaz, observou que “como a rentabilidade dos produtores rurais passa por redução de custos ou incremento de receitas, na medida em que ocorrem perdas na armazenagem ou no transporte de grãos, isso equivale a não realizar receita ou ter um aumento de custos”.
Na perda em armazenagem, os resultados parciais da Conab indicam que, a partir do uso de tecnologias, é possível chegar a índices menores dos praticados atualmente.
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