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A correção do perfil do solo é diretamente proporcional à produtividade nas lavouras de soja. Estudo do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) mostra que a uma profundidade de correção de 50 centímetros, a produtividade média é de 56,3 sacas por hectare, enquanto a correção a dois metros de profundidade resulta em uma média de 85,6 sacas por hectare.
Os dados foram apresentados por Breno Araújo, membro do Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb) e gerente de Grãos da Rehagro, durante palestra nesta sexta (31) na Parecis SuperAgro.
“Nos últimos 15 anos, temos observado que a boa produtividade vem do investimento em qualidade do solo. Pode ser até um solo pobre, mas que consegue ser transformado em solo fértil com práticas corretivas e de manejo”, explica.
O solo guarda na “memória” os efeitos do sistema de manejo. “Não consideramos mais a profundidade de zero a 20 cm como camada diagnóstica. Atualmente, é preciso avaliar o solo de 40 a 60 cm, pois a raiz de soja chega a algo entre 2 e 3 metros de profundidade”, explica Breno.
Para além dos cuidados com fertilidade do solo, Araújo reforça que é necessário o cuidado com o ambiente da semente para ter produtividade. “Ter plantas de cobertura para manter o solo mais fresco, dar tratamento de qualidade para as sementes, usar biológicos no sulco de plantio para minimizar efeitos de pragas e doenças, fazer manejo de plantas daninhas e manejos preventivos: tudo isso faz com que o potencial produtivo da lavoura não diminua”.
Winicius Menegaz, consultor campeão estadual de Mato Grosso no desafio de produtividade do Cesb, adiciona o foco em pessoas na série de fatores para o sucesso acontecer. “Os empresários do agro hoje estão investindo em equipes treinadas e robustas que sabem tomar decisões, comprar insumos e sementes, por exemplo, e assim melhoram a qualidade. O senso crítico do produtor rural muda a lavoura de patamar e eleva a produtividade”, afirma.
Breno Araújo concorda, frisando que a boa gestão da propriedade é fundamental para o sucesso da safra. “A gestão está em três pilares: técnica, operacional e liderança. A fazenda é liderada por pessoas e isso pode se transformar em produtividade e, logicamente, em rentabilidade ao produtor”.
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