Estudantes brasileiros predominam em mestrado internacional sobre café

Realizado na cidade de Trieste, o Mestrado Internacional em Economia e Ciência do Café (International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy) oferece uma formação multidisciplinar sobre o mundo do café ao en

08.01.2018 | 21:59 (UTC -3)
Estevão Rinaldi

Não é novidade que o Brasil é o maior produtor de café do mundo, nem que os brasileiros são apaixonados pela bebida. A mudança de alguns anos para cá está na forma como o País se relaciona com o grão e o produto: a busca pela qualidade se tornou essencial para um número maior de produtores e consumidores e o mercado passa a demandar profissionais cada vez mais completos. Esse é um dos fatores que podem explicar porque os alunos brasileiros são maioria em um mestrado sobre café, na Itália.

Realizado na cidade de Trieste, o Mestrado Internacional em Economia e Ciência do Café (International Masters in Coffee Economics and Science Ernesto Illy) oferece uma formação multidisciplinar sobre o mundo do café ao englobar todo o ciclo produtivo, desde o seu cultivo até os serviços de alimentação, incluindo a logística e o processo de industrialização. O curso objetiva transferir aos alunos o conhecimento tecnológico e cultural de uma empresa como a illycaffè, torrefadora líder mundial em café de qualidade.

A Fundação Ernesto Illy, que organiza o mestrado em parceria com renomadas instituições de ensino italianas, divulgou que, dos 27 alunos matriculados, sete são brasileiros (além de um ouvinte), um recorde de todas as edições do curso, que teve início em 2011. A edição de 2018 terá estudantes de 14 países: Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Itália, Quênia, Nicarágua, Peru, Estados Unidos e Iêmen.

Foram selecionados candidatos de sete países produtores (Brasil, Etiópia, Guatemala, Honduras, Quênia, Iêmen e Vietnã) para receber uma bolsa de estudos integral. O brasileiro escolhido foi Vitor Stella, engenheiro agrônomo de 26 anos. “Acredito que a troca de experiências com colegas de outros centros de produção será extremamente importante, não só para entender o âmbito produtivo, mas também as maiores virtudes e os gargalos que cada um encontra no seu próprio país”, afirma.

As atividades do mestrado terão início no dia 15/01, com aulas até junho e entrega do trabalho final até outubro.

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