Estudo avalia necessidade de água da cultura do pinhão-manso
Estudantes da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ) marcaram presença, mais uma vez, na Rússia, no International Junior Forest Contest, que aconteceu entre 27 de setembro e 3 outubro, nas cidades de Moscou e Suzdal. Esta, foi a quinta participação consecutiva do Brasil no evento, que reúne jovens de 14 a 22 anos na troca de conhecimentos e experiências na área de silvicultura.
Em sua 12ª edição, o concurso contou com a apresentação de 35 trabalhos de 26 países. Laura Azevedo, estudante do quarto ano de Engenharia Florestal da ESALQ, é a única a representar o Brasil entre os cinco estudantes que receberam distinções no congresso. Ela alcançou o segundo lugar, junto a um trabalho da Coreia do Sul. A medalha de ouro coube a um projeto da Rússia e o bronze à África do Sul e à Rússia.
“Eu não esperava ficar em segundo lugar, mas fiquei muito feliz pela participação e por poder interagir com outras culturas e conhecer a Rússia, que é um país completamente diferente do Brasil”, comentou Laura. A estudante apresentou os resultados da estimativa do escoamento superficial envolvendo a expansão urbana e seus impactos sobre os recursos hídricos de uma bacia hidrográfica de São José dos Campos, próximo ao complexo Cantareira no Estado de São Paulo.
Para a estudante, o interesse dos estrangeiros em seu projeto, deve se justificar por fazer parte da área de conservação, enquanto a maioria dos trabalhos eram voltados para a área de produção. “É importante mostrarmos para o resto do mundo o que fazemos de pesquisa aqui, no Brasil. Temos bastante conhecimento na área de floresta e me parece que os outros países não estão tão avançados”.
Vitor Brito, que também é graduando de Engenharia Florestal da ESALQ e que representou o Grupo Florestal Monte Olimpo (GFMO) na ocasião, fez apresentação dos resultados observados em plantios de eucalipto envolvendo testes de omissão de nutrientes e que vem sendo desenvolvido no Estado de Tocantins. “Minha pesquisa foi mais voltada para a área de produção e foi uma experiência muito gratificante participar, podendo conhecer pessoas de culturas de 26 países diferentes”.
Na ESALQ, a seleção dos trabalhos foi realizada pelos professores do Departamento de Ciências Florestais, Luiz Carlos Estraviz Rodriguez, Teresa Cristina Magro e Ciro Abbud Righi. Ao todo, 10 alunos se candidataram e fizeram uma pré-apresentação dos projetos de iniciação científica florestal, em inglês e durante 10 minutos, aberta ao público interessado. “O público e os professores presentes votaram individualmente e os dois mais votados ganharam as vagas”, explicou Estraviz.
De acordo com o professor, a ESALQ instituiu uma admirada reputação junto aos organizadores e participantes do evento. “Devemos nos orgulhar dos nove alunos que, nestes últimos cinco anos, representaram a iniciação científica florestal brasileira no congresso”, afirmou.
Segundo o docente, o corpo de jurados, constituído por cientistas e professores, incluindo membros da FAO, das Nações Unidas e de outros organismos internacionais, tem se referido seguidamente à excelente qualidade de todos os trabalhos, tornando cada vez mais difícil o processo de seleção. “É fantástico ver e conviver com talentosos jovens, de várias partes do mundo, que ao participarem de inúmeras atividades cuidadosamente programadas pelos organizadores criam um maravilhoso ambiente de confraternização, de união e de integração de raças, culturas e experiências”.
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