Especialista indica como minimizar efeitos do clima sobre a soja e o milho

Tema será um dos destaques da 1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa (RTC) que ocorre em Gramado (RS) em junho

30.05.2019 | 20:59 (UTC -3)
Carolina Jardine

A seca é um dos eventos meteorológicos que causa maior impacto negativo na agricultura dos estados da Região Sul do Brasil. Somente no ano passado, o déficit hídrico das lavouras levou a um prejuízo estimado de R$ 385 milhões na produção da soja gaúcha e de R$ 757 milhões se contabilizadas as demais atividades agrícolas do Estado, segundo dados confirmados pela Emater. Reduzir os efeitos da variação climática no Sul do Brasil a partir da adoção de estratégias de manejo do solo é um dos grandes desafios impostos a agricultores que querem minimizar riscos e garantir maior produtividade no campo.

O tema será um dos destaques da 1ª Jornada Rede Técnica Cooperativa (RTC), evento que ocorre em Gramado (RS) entre 5 e 7 de junho, com a participação de grandes nomes do agronegócio nacional. As dicas para reduzir os efeitos climáticos especialmente sobre as lavouras de milho e soja – que dominam o cenário na safra de verão – serão passadas pelo especialista em Agrometeorologia, professor da Faculdade de Agronomia da ESALQ/USP, Paulo Cesar Sentelhas. “A abordagem que se pretende é fazer com que o produtor consiga identificar o quanto das perdas ocorrem por práticas inadequadas de manejo e qual a participação das variações climáticas em eventos desse tipo”, destaca Sentelhas, especialista com passagem pela presidência da Federação Latinoamericana de Agrometeorologia. Ele ministrará o painel “Variabilidade climática e seus impactos nas produtividades das culturas da soja e do milho no sul do Brasil”, às 10h30min no dia 06/06, no Wish Serrano Resort.

Sentelhas falará sobre a adoção de práticas já confirmadas como aliadas do produtor na estratégia de driblar os efeitos do clima. No caso do Rio Grande do Sul, onde a estiagem se mostra o fenômeno mais frequente e severo sobre a agricultura, a identificação do perfil do solo é fundamental. “A escolha do material genético que será empregado na lavoura, o uso da irrigação e o tipo de adubo a ser aplicado interferem diretamente nos resultados de uma safra, se planejados antecipadamente ao evento meteorológico”, explica Sentelhas.

Segundo o coordenador de pesquisa da Rede Técnica Cooperativa, Geomar Corassa, o objetivo do evento é reunir as direções, departamentos técnicos e produtores cooperados para debater assuntos essenciais que assegurem desempenho inovador de mercado e ajudem a trilhar o futuro do movimento cooperativista. A 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa tem o apoio da CCGL, Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro) e Sistema Ocergs-Sescoop/RS e patrocínio dos terminais Termasa/Tergrasa. O evento está com as inscrições abertas pelo site www.jornadartc.com.br.


Programação da 1ª Jornada da Rede Técnica Cooperativa 


05 de Junho de 2019

18h- Recepção

19h - Abertura Oficial

19h30min- Palestra Magna

21h- Coquetel


06 de Junho de 2019

08h - Qualidade do solo visando sistemas de produção sustentáveis em Plantio Direto

10h -Coffee break

10h30min - Variabilidade climática e seus impactos nas produtividades das culturas da soja e do milho no sul do Brasil

12h - Almoço

14h - A Biotecnologia e as inovações que estarão impactando o agronegócio brasileiro e mundial nos próximos anos

15h30min - Coffee break

16h  - A integração de sistemas e os caminhos para a rentabilidade na produção de carne e leite

18h - Painel político: Presença de autoridades estaduais e nacionais


07 de Junho de 2019

8h - A logística de grãos por meio das ferrovias e os novos projetos para o RS

9h - Lavouras 4.0: como a inovação e as tecnologias digitais irão transformar o campo nos próximos anos

10h30min- Coffee break

11h30min - As políticas comerciais e o mercado de grãos frente a demanda mundial de alimentos

13h - Encerramento

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