Bahia Farm Show 2020 está chegando
A feira já tem 90% da área ocupada por antigos e novos expositores
O casal de agricultores de São Lourenço do Sul, Luis Antônio Moraes e Raquel Ferreira de Moraes, visitou a 21ª Expodireto Cotrijal com um objetivo: analisar os pivôs de irrigação expostos na feira. A meta é clara: ter uma ferramenta para enfrentar a estiagem.
"A estiagem em São Lourenço do Sul é uma das maiores dos últimos anos. Estamos aqui justamente pensando em irrigação, já que temos a facilidade de ter abundância de água porque plantamos arroz. Há seis anos, começamos a plantar soja na várzea e o grão entrou muito bem na nossa região. Ainda não temos pivô, mas nosso próximo investimento é irrigar a soja", afirma Moraes.
O diretor da empresa Agrocampo - Irrigação e Armazenagem, Cláudio Dalazen, comenta que a presença na Expodireto resultará em novos negócios. "A procura foi bem interessante. Irrigação não é como comprar um trator. Requer uma análise técnica, visitar à propriedade para se chegar a melhor opção", explica.
O presidente Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, notou um maior interesse dos produtores rurais em relação a máquinas para irrigação. Segundo ele, este é um projeto que ficou adormecido em função das boas chuvas das últimas safras.
"Para o que investimento do produtor tenha o retorno que ele espera teríamos que avançar na questão do licenciamento ambiental, energia elétrica e internet. Aí sim, as vendas deslancham”, aponta Bier.
A Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA/ABIMAQ) divulgou, na manhã desta sexta-feira (6), resultado de uma pesquisa com seus associados que indica queda na intenção de compras nesta edição da Expodireto.
Nos segmentos de máquinas para grãos o resultado foi 18% menor, quando comparado com o ano passado. No segmento de armazenagem a queda foi de 4%. Já no segmento de máquinas para pecuária o resultado foi 7% maior. Na média ponderada, a queda foi de 14%.
O presidente CSMIA/ABIMAQ, Pedro Estevão Bastos, avalia que o resultado é pontual e deve-se ao atual momento de estiagem. "Para 2020, seguimos otimistas. A estimativa é de aumento de 7% nas vendas em relação a 2019. A diferença das outras feiras em relação à Expodireto é clima. Não devemos mudar nossa previsão para o ano", afirma Bastos.
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