O IAC IAC Catuaí SH3, IAC Obatã 4739, IAC 125 RN são resistentes/tolerantes à ferrugem-da-folha, principal doença do cafeeiro causadora de perdas de 30% a 50% na produtividade.
A IAC Catuaí SH3, além da produtividade e resistência à ferrugem-da-folha, possui menor exigência hídrica. Com esse perfil, pode ser cultivada em regiões mais quentes ou onde tem havido veranicos mais frequentes nos últimos anos. Outro atrativo dessas cultivares é que elas estão entrando no lugar de outros materiais já lançados pelo Instituto, como o IAC Mundo Novo e IAC Catuaí que, apesar de ocuparem cerca de 85% dos cafezais nacionais, são suscetíveis à ferrugem. De acordo com produtores, a despesa para controlar a ferrugem gira em torno de 8% do custo total da produção, por saca.
Devido à resistência à ferrugem, essas três cultivares do IAC podem ser adotadas no cultivo orgânico, nicho de mercado que proporciona aumento na renda dos agricultores. O valor da saca do café em plantio convencional é de R$ 440,00, enquanto que no sistema orgânico chega até a R$ 1.500,00 a saca.
A cultivar Obatã Vermelho tem características sensoriais e qualidade de café especial. Em junho de 2018, a cultivar estará no campeonato mundial, World Barista Championship, em Amsterdã, na Holanda. O material será levado pelo campeão do 17º Campeonato Brasileiro de Baristas, Thiago Sabino.
Usando a cultivar IAC Obatã Vermelho, Sabino venceu 23 concorrentes na competição nacional, em janeiro de 2018, no Rio de Janeiro, onde foi disputada a vaga para o mundial da categoria. Após o campeonato nacional, foi realizada uma degustação de café para selecionar a cultivar que será levada por Sabino ao mundial. A IAC Obatã Vermelho foi escolhida na presença de grandes profissionais do setor, durante o cupping, na cafeteria IL Barista, na Capital paulista, onde Sabino trabalha desde 2015