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A pesquisadora Madelaine Venzon, coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Agroecologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), participa, no próximo dia 24 de agosto, do Seminário Tecnologia de Controle Biológico do Bicho-Mineiro. O evento online terá transmissão pela Plataforma Zoom e as inscrições gratuitas podem ser feitas pelo Sympla.
No Seminário, que será realizado pela Federação dos Cafeicultores e pela Fundação de Desenvolvimento do Cerrado Mineiro, juntamente com o Sebrae-MG e Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), Madelaine abordará o uso de crisopídeos no combate de pragas agrícolas. A pesquisadora explica que esses insetos são predadores-chave no controle biológico conservativo com resultados bastante favoráveis nas lavouras de café e em hortaliças.
“Vou mostrar os resultados das pesquisas conduzidas na EPAMIG, onde mantemos criações desses insetos para pesquisa no laboratório desde 2004. São predadores vorazes na fase larval, e os adultos se alimentam de pólen, néctar e honeydew. As larvas predam larvas e lagartas pequenas, cochonilhas, tripes, pulgões, ovos de insetos e ácaros. São usados em diversas culturas, especialmente em casa de vegetação, para controle dessas pragas”, explica a pesquisadora que estuda esses insetos desde 1991.
Em regiões quentes e secas como o Cerrado Mineiro, o bicho-mineiro é a principal praga. “O controle biológico é a estratégia que deve ser priorizada, quer seja por medidas que conservem e aumentem os inimigos naturais das pragas nos plantios ou pela liberação de inimigos naturais”, afirma Madelaine, que acrescenta: “As populações de inimigos naturais para o controle das pragas podem ser aumentadas por meio da provisão de recursos, via diversificação da vegetação, que também tem o potencial de mitigar os efeitos da mudanças climáticas nos agroecossistemas e podem regenerar áreas agrícolas”.
O Seminário conta ainda com a participação do presidente da Amipa. Daniel Bruxel, que também é cafeicultor, e dos engenheiros agrônomos Jusé Lusimar Eugênio, da Amipa, e Junio César, da Fazenda Rio Brilhante Café.
As práticas de controle biológico têm se tornado cada vez mais presentes no setor produtivo, uma vez que, além de adotarem uma tecnologia limpa, sem efeitos adversos ao homem e ao meio ambiente e sem deixar resíduos, são economicamente viáveis para os produtores, agregando valor ao produto final, isento de agrotóxicos. “O aparecimento de pragas resistentes aos métodos convencionais de controle tem levado os produtores a buscarem cada vez mais o controle biológico”, acrescenta Madelaine Venzon.
O Controle Alternativo de Pragas e Doenças será tema de um Workshop promovido EPAMIG em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), entre os dias 26 e 28 de outubro. O evento online contará com três painéis temáticos e sete cursos gratuitos. As inscrições para as atividades já estão abertas e devem ser feitas no site www.controlealternativo.com.br.
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