Lavouras de soja no Rio Grande do Sul apresentam sinais de estresse hídrico
As plantas exibem sintomas de murchamento, expondo a face inferior das folhas em direção aos raios solares, causando queimaduras
A Embrapa, em parceria com a Fundação Meridional, realiza o tradicional dia de campo de soja, no dia 23 de fevereiro, das 8h às 12h30 na Vitrine de Tecnologias da Embrapa Soja, em Londrina (PR), apresentando cultivares de feijão e de soja e o manejo de plantas daninhas nas diferentes plataformas transgênicas em soja. A pesquisadora Divania de Lima, da Embrapa Soja, explica que, durante o evento, serão demonstradas ainda as tecnologias indicadas para a produção de soja de baixo carbono, assim como compartilhados conhecimentos sobre o quebramento da haste da soja e a podridão de grãos.
“Nossa expectativa é levar informações qualificadas aos técnicos e agricultores e, assim, contribuir para elevar a adoção de práticas sustentáveis no campo”, ressalta Divania.
A estação técnica sobre Soja Baixo Carbono irá enfatizar a valorização da produção sustentável de soja, destacando as principais tecnologias indicadas para se produzir com baixa emissão de gases de efeito estufa. São exemplos: o sistema de plantio direto e a inoculação e a coinoculação da soja com as bactérias fixadoras de nitrogênio (bradirizóbio) e as bactérias promotoras de crescimento (azospirillum).
Quebramento da haste da soja e podridão de grãos - outra estação técnica irá destacar a ocorrência do quebramento de haste na soja, que a partir da safra 2020/2021, atingiu o médio-norte mato-grossense, o Paraná e Santa Catarina, e a podridão de grãos, que a partir da safra 2018/2019, vêm desafiando os produtores do médio-norte de Mato Grosso e de Rondônia. Os pesquisadores da Embrapa elaboraram uma nota técnica com alguns esclarecimentos sobre esses dois problemas.
Manejo de plantas daninhas em soja transgênica - também será apresentada, durante o dia de campo, uma estação técnica sobre o manejo de plantas daninhas nas novas plataformas transgênicas em soja.
- Plataforma Roundup Ready (soja RR) confere às plantas de soja tolerância ao herbicida glifosato;
- Plataforma Intacta RR2 PRO (soja IPRO) confere tolerância ao glifosato e também às principais espécies de lagartas que atacam a cultura;
- Plataforma a Enlist E3 confere tolerância a três herbicidas (2,4-D sal colina; glifosato e glufosinato de amônia);
- Plataforma Conkesta Enlist E3 confere tolerância a três herbicidas (2,4-D sal colina; glifosato e glufosinato de amônia) e auxiliam na proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura;
- Plataforma XTEND confere tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba;
- Plataforma INTACTA 2 XTEND confere tolerância aos herbicidas glifosato e dicamba e às principais lagartas que acometem a cultura.
Entre os destaques das cultivares de soja estão os dois lançamentos da safra. A BRS 1064IPRO, por exemplo, possui excelente desempenho produtivo, com alta estabilidade e boa adaptação. Essa cultivar apresentou ganho produtivo de 6,8% acima da média das principais cultivares padrões de mercado, de amplo cultivo na macrorregião de indicação. Indicada para os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, além de ser recomendada para o centro-norte de Mato Grosso do Sul e sudoeste de Goiás (REC 301). A novidade tem ciclo semi-precoce (grupo de maturação 6.4).
A BRS 1064IPRO apresenta ampla janela de semeadura e de adaptação e resistência ao acamamento e às principais doenças da soja, principalmente à podridão radicular de Phytophthora e aos nematoides de galha e de cisto (raça 3). Outro lançamento é a cultivar de soja BRS 1056IPRO que tem como ponto forte a excelente performance produtiva.
Esse lançamento traz ainda características como estabilidade de produção, resistência ao acamamento, tipo de crescimento indeterminado e ciclo precoce (grupo de maturação relativa 5.6). Tem agradado o fato dessa cultivar possibilitar o plantio antecipado, o que permite a sua inserção no sistema de rotação e/ou sucessão com outras culturas. Com relação à sanidade, a cultivar apresenta resistência às principais doenças da soja. É indicada para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná (RECs 102 e 103) e São Paulo (REC 103).
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