Valtra participa da ExpoAgro Dourados/MS e apresenta aos produtores do estado o pulverizador BS3020H
A Embrapa Rondônia (Porto Velho) participa neste domingo (22) das 7h, do 2º Dia Especial do Café em Machadinho d’Oeste, promovido pela Cooperativa Mista Agroindustrial do município (Comamo), no Campo Experimental da Embrapa. A pesquisadora Vanda Gorete Rodrigues estará na segunda estação do dia de campo, onde falará sobre sistemas agroflorestais com café, destacando os dois componentes importantes: a árvore e o cultivo agrícola do café.
Ela explica que, sendo a árvore o componente maior do sistema e que modifica o ambiente onde está o café, o trabalho da pesquisa é identificar soluções para que esse efeito seja positivo no sentido de aumentar a produtividade e a sustentabilidade do sistema. Entre os efeitos positivos, a pesquisadora enumera a diminuição da intensidade de luz e das temperaturas ambiente e do solo. “Além disso, a queda de folhas e galhos proporciona a formação da cobertura de serapilheira que protege o solo das plantas invasoras, mantém a umidade do solo e aumenta a incorporação de nutrientes a partir da decomposição dessa biomassa”, explica.
As espécies arbóreas que podem fazer parte do sistema incluem as florestais, frutíferas e as árvores de “serviço”. Vanda explica que essas últimas oferecem sombra e melhoram o ambiente da lavoura favorecendo, inclusive, o trabalho do agricultor no campo, sob condições de temperaturas mais amenas. “Isso é especialmente bem-vindo na época de colheita, que compreende os meses de maio a julho, período do verão amazônico”, destaca.
Outro fator positivo das “árvores de serviço”, de acordo com a pesquisadora, é o sequestro de carbono da atmosfera, contribuindo assim com uma questão crucial para o meio ambiente: a redução dos gases de efeito estufa.
As espécies florestais estudadas pela Embrapa Rondônia e que apresentaram melhores resultados, até o momento, no Campo Experimental da Empresa em Machadinho d’Oeste, são a bandarra, o pinho cuiabano e a teca. A partir de diagnósticos realizados pela Embrapa em áreas de produtores, na região Central do Estado, foram encontradas cerca de 20 espécies florestais e frutíferas - leguminosas ou não – consorciadas com lavouras de café.
“Além do benefício para o cafeeiro, essa prática agrícola fornece alimentos, lenha e madeira, além de forragem para animais, o que gera uma renda extra ao produtor”, diz a pesquisadora. Ela acrescenta que, além desses produtos serem usados para o sustento próprio e da família, o agricultor pode comercializar o excedente de produção e usufruir dessa renda o ano todo, e não somente da obtida com o café.
Sustentabilidade
Atualmente, a Embrapa Rondônia, tem desenvolvido pesquisas com o café arborizado para determinar indicadores econômico, ambiental e sociocultural para a sustentabilidade da lavoura. “O objetivo é que a produção e a produtividade sejam mantidas a um período de longo prazo”, afirma Vanda Gorete.
A pesquisadora orienta que, nesses sistemas, sejam utilizadas as tecnologias recomendadas para o manejo da lavoura de café como: poda, adubação, controle integrado de pragas e doenças, além dos cuidados com colheita e pós-colheita.
Participações
Também participam do dia de campo: Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Incra, Secrataria de Estado da Agricultura (Seagri), Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Idaron, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Banco do Brasil e Prefeitura de Machadinho d’Oeste.
Kadijah Suleiman
Embrapa Rondônia
(69) 3901-2536
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura