Chuvas e temperaturas elevadas impactam cultivos no Paraná
A soja beneficiou-se das chuvas, com algumas lavouras retomando o crescimento após períodos de déficit hídrico
No acumulado de janeiro a outubro de 2024, as exportações do agro de São Paulo registraram alta de 11,2%, alcançando US$25,77 bilhões. O resultado gerou um superávit de mais de US$21 bilhões na balança comercial paulista. Entre os produtos mais embarcados no período, destaca-se o café, com aumento de 41,4%. Os dados fazem parte do levantamento realizado pelos pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
O grupo café, tradicional no estado de São Paulo, registrou 4,1% de participação e atingiu vendas de mais de US$1 bilhão, com aumento de 41,4% em relação ao ano passado, sendo 71,7% de café verde e 24% de café solúvel.
"A cafeicultura paulista é historicamente importante para a economia de São Paulo, na geração de renda e de empregos. O bom resultado na balança comercial é reflexo do árduo trabalho dos cafeicultores de todo o Estado, que produzem os melhores grãos do País", afirma Guilherme Piai, secretário de Agricultura de São Paulo. .
Além do grão, outros produtos agrícolas tiveram destaque na balança, como sucos (+30,6%), complexo sucroalcooleiro (+23,9%) e produtos florestais (+18,9%). No entanto, o complexo soja apresentou queda significativa (-35%), refletindo as oscilações tanto nos preços quanto nos volumes exportados.
● Complexo sucroalcooleiro: 40,7% de participação no agro paulista, com US$ 10,48 bilhões, com o açúcar representando 93,0% e o etanol 7,0%;
● Carnes: 11,2% de participação, somando US$ 2,89 bilhões, sendo a carne bovina responsável por 84,1%;
● Produtos florestais: 10,3% de participação, na ordem de US$ 2,66 bilhões, com 55,2% em celulose e 37,2% de papel;
● Sucos: 9,1% de participação, com US$2,34 bilhões, dos quais 98,2% foram sucos de laranja.
● Complexo soja: 8,5% de participação, registrando US$ 2,18 bilhões, com a soja em grão correspondendo a 77,1%;
O aumento da demanda chinesa por café, principalmente por cafés especiais, deve gerar uma série de oportunidades de negócios para empresas e agricultores do estado de São Paulo. A avaliação é da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), que participou, em Xangai, da Exposição Internacional de Importação da China (Ciie).
País inventor do chá, a China “conheceu” o café há pouco tempo e viu o consumo disparar. Há 15 anos, eram apenas 18 mil toneladas por ano. Já em 2023, foram 300 mil, das quais 20% importadas do Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo e maior fornecedor para o mercado chinês.
O Porto de São Sebastião, no litoral de São Paulo, inicia nesta semana o carregamento de cerca de 600 toneladas de café a serem transportadas até a França por um navio sustentável, movido a vela e energia eólica. O produto saiu de uma fazenda em Mococa, no interior paulista, e levará três semanas para chegar ao porto de Le Havre.
O carregamento prevê a exportação de 700 pallets com 14 sacas de café em cada um deles, totalizando 9,8 mil sacas. Além disso, também serão embarcadas algumas sacas contendo semente de cacau brasileiro para a indústria europeia de chocolates.
É a primeira viagem do veleiro-cargueiro Artemis, que saiu diretamente do estaleiro onde foi fabricado, no Vietnã, para São Sebastião. A proposta é realizar a operação da forma mais sustentável possível, desde a produção até o transporte. Por isso a escolha do Porto de São Sebastião para o transporte do café. O local é administrado pela Companhia Docas de São Sebastião, vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, e possui o selo verde.
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