Em 2017, Strider planeja investir R$ 4 milhões em Agtech

Empresa captou mais de 137 novos clientes no período, dos quais, 104 apostam pela primeira vez em tecnologia da informação para o agronegócio

12.01.2017 | 21:59 (UTC -3)
Marcelo Volpato

A Strider (www.strider.ag), empresa de inovações tecnológicas para o mercado agrícola, fechou o ano de 2016 com faturamento 2,5 vezes superior a 2015 e 137 novos clientes em sua carteira, sendo que 76% (104) deste número é a primeira vez que investe em Tecnologia da Informação para o campo, reforçando a chegada da tecnologia de ponta para produtores de todos os portes. Com apenas dois anos de operação, a Strider já monitora o maior número de hectares pagos do mundo: são mais de 500 fazendas que aplicam suas ferramentas sobre um território de mais de um milhão de hectares distribuídos por quatro países. Já ao final de 2017, a empresa espera que seu faturamento seja 3 vezes superior ao de 2016. Para isso, planeja investir um montante de R$ 4 milhões em novas tecnologias e expansões de serviços, ao longo do ano.

“Foi um ano delicado para o agronegócio, com menor volume de chuvas, dólar flutuante e aumento no preço dos insumos, o que nos fez trabalhar muito para captarmos estes 137 novos clientes. Foram mais de 800 mil quilômetros rodados, quase 11 mil contatos em fazendas e mais de 1032 técnicos treinados em campo pela própria Strider, explicando os ganhos de um investimento em TI”, explica Luiz Tangari, sócio-fundador e CEO da empresa. “Precisamos estar no campo, na fazenda, explicando para o produtor a utilização de tecnologia sofisticada, com uso de tablets, satélites, redes de rádio, sensores, rastreadores e modelos climáticos. Por isso, 76% dos novos clientes são de produtores que adotaram a TI pela primeira vez em suas produções”, explica o executivo.

Só em 2016, a Strider treinou mais de 1200 pessoas nas fazendas, com mais de três milhões de pontos de monitoramento coletados e processados pela plataforma, além de mais de 300 mil aplicações de defensivos registradas. “O trabalho da Strider fez com que nossos clientes atingissem, em 2016, 43% menos aplicações fora do plano e 40% menos de aplicações de choque nas lavouras”, pontua Tangari.

Recentemente, a empresa recebeu aporte de US$ 3 milhões, liderado pela Monashees Capital, além de Qualcomm Ventures e Barn Investimentos, e lançou o Strider Space, ferramenta que ajuda o produtor analisar toda a superfície da fazenda sem sair do escritório, monitorando áreas afetadas e ganhando tempo para tomada de decisões.

Este novo serviço oferece fotos de satélites de alta precisão, fotografadas diariamente, das quais o agricultor consegue acessar análises de toda a extensão da fazenda. Por meio de algoritmos proprietários, a ferramenta é capaz de apontar anomalias ao avaliar perdas de biomassa em imagens atuais e também aquelas de até dois anos atrás.

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