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Está aberto o edital para aquisição de sementes genéticas das novas variedades de feijão-de-metro, BRS Lauré (vagem roxa) e BRS Raíra (vagem verde-oliva), desenvolvidas pela Embrapa Amazônia Oriental e lançadas ainda neste mês de outubro. Os produtores de sementes e viveiristas interessados em participar da oferta pública devem estar inscritos no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasem) e enviar e-mail com a documentação exigida no edital para cpatu.spat@embrapa.br até 17h do dia 8 de novembro de 2024. O edital está disponível no site oficial da Embrapa (www.embrapa.br/editais-e-ofertas-publicas-para-licenciamento/)
A BRS Lauré, com vagem de coloração roxo-avermelhada, e a BRS Raíra, com vagem verde-oliva, são recomendadas para plantio no estado do Pará e possuem potencial para outras em regiões com clima quente. Ambas apresentam arquitetura de planta ajustada ao cultivo em tutores (espaldeiras), boa qualidade de vagens, elevada produtividade e cores diferenciadas. No edital são ofertados ao todo 42 lotes de sementes genéticas das cultivares para propagação, comercialização e/ou beneficiamento do material. O valor unitário de cada lote de 500 gramas de semente é R$ 250,00.
Os produtores de sementes ou viveiristas que adquirirem os lotes passam a ser licenciados pela Embrapa para multiplicar e comercializar o material, não havendo ônus para o licenciado a título de royalties após a assinatura do contrato com a instituição de pesquisa.
O feijão-de-metro é um tipo de feijão-caupi [Vigna unguiculata (L.) Walp. ssp. unguiculata Verdc. Cv-gr. Sesquipedalis] cujas vagens são consumidas cruas ou cozidas na forma de saladas. Com vagens longas e roxo-avermelhadas, a BRS Lauré é a primeira cultivar com essas características desenvolvida pela pesquisa para o mercado do Norte do Brasil. “É um produto novo no mercado que atrai pelo apelo visual, mas que apresenta elevada produtividade e distribuição bem equilibrada de vagens ao longo do dossel da planta”, afirma o pesquisador da Embrapa Rui Alberto Gomes.
Nos testes em campo, a média de produtividade da BRS Lauré foi de 11,6 toneladas de vagem fresca por hectare enquanto a média dos materiais utilizados atualmente no campo foi de 7,6 t/ha, a cultivar comercial; e de 8,6 t/ha, uma variedade crioula bastante cultivada na região.
Já a BRS Raíra, que possui vagens na cor verde-oliva, mais claras que as vagens tradicionais, produziu mais de 10 toneladas de vagem fresca por hectare enquanto os materiais tradicionais ficaram entre 7 (cultivar comercial) e 8,6 t/hectare (variedade crioula). “Essa cultivar tem vagens longas, no padrão do mercado consumidor, e são boas para o consumo em virtude do baixo teor de fibra”, destaca o pesquisador.
Tanto em períodos secos quanto chuvosos, o desempenho produtivo das duas cultivares se mostrou superior ao das variedades em uso atualmente. A BRS Raíra e BRS Lauré apresentaram boa tolerância ao estresse hídrico (falta de chuvas) e às elevadas temperaturas.
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