Desenvolvimento da soja no Rio Grande do Sul é favorecido pelo clima

O plantio evoluiu de 98% para 99% da área projetada; estimativa para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares

11.01.2024 | 16:59 (UTC -3)
Adriane Bertoglio Rodrigues
Foto: Luciano Schwerz
Foto: Luciano Schwerz

O plantio da soja no Rio Grande do Sul (RS) evoluiu de 98% para 99% da área projetada. A estimativa de plantio para a safra 2023/2024 é de 6.745.112 hectares, e a perspectiva de produtividade é de 3.327 kg/ha. 

De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado nesta quinta-feira (11/01) pela Emater/RS, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), a redução do volume de precipitações e a elevação da temperatura proporcionaram condições favoráveis para o desenvolvimento das lavouras de soja, evidenciado pelo aumento do porte das plantas. No momento, 85% das lavouras de soja encontram-se em estágio de desenvolvimento vegetativo, 14% em fase de floração e 1% em enchimento de grãos.

Do ponto de vista fitossanitário da soja, há apreensão na Região Oeste do Estado devido à detecção precoce da ferrugem asiática em comparação a anos anteriores. Esse quadro foi agravado pelas condições propícias à rápida disseminação dos esporos, decorrentes das constantes chuvas. No período, prosseguiu o monitoramento e a aplicação de fungicidas de forma preventiva, além do controle químico de ervas espontâneas/concorrentes.

Enquanto prossegue a implantação escalonada de lavouras de milho no RS, alcançando 94% da área, a colheita do cereal alcançou 13% da área cultivada, projetada em 817.521 hectares. A diminuição do volume de precipitação, nas últimas duas semanas, refletiu na redução da umidade nos grãos, aproximando-os dos teores ideais para o processo de trilha, o que facilitou e acelerou a operação. 

Os resultados da colheita apresentam variações, mas, conforme observado nas áreas colhidas, indicam tendência de redução na produtividade inicial, prevista em 7.414 kg de milho/ha. A causa dessa diminuição foi o excesso de chuvas, que resultou na lixiviação de nutrientes e prejudicou a polinização durante a fase reprodutiva. A confirmação efetiva dessa diminuição da safra só será possível à medida que a colheita avançar para lavouras de plantio mais tardio.

A área plantada com milho silagem no RS progrediu para 80% da projeção total, que é de 364.291 hectares para esta safra. Simultaneamente, a colheita destinada à confecção de silagem de planta inteira atingiu 25% dos cultivos. Restam 20% das lavouras no ponto de corte; 24%, em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo; e 31%, entre floração e enchimento de grãos. A produtividade estimada é de 39.088 kg/ha.

Prosseguiu-se a implantação de lavouras de feijão 1ª safra na Região Nordeste do Estado. As condições ambientais propiciaram o plantio e o estabelecimento inicial das lavouras. Nas demais regiões produtoras, a colheita do feijão teve continuidade. Para a Safra 2023/2024, projeta-se área de cultivo de 29.053 hectares em primeira safra, cuja produtividade estimada é de 1.775 kg/ha.

O Instituto Rio Grandense de Arroz (Irga) projeta para esta safra de arroz uma área de cultivo de 902.425 hectares. A Emater/RS estima a produtividade média de 8.359 kg/ha. No Estado, a semeadura está tecnicamente encerrada. Estima-se que 95% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 5% em florescimento. As lavouras semeadas em outubro e novembro estão com irrigação regular e apresentam excelente aspecto visual, em razão da longa sequência de dias ensolarados e das temperaturas adequadas. A disponibilidade abundante de água facilita os trabalhos de irrigação do arroz, que reflete em melhor qualidade no manejo de plantas daninhas, além de vantagens que o solo saturado de água proporciona para a cultura. Quanto aos tratos culturais, está sendo realizado o monitoramento de pragas e doenças.

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