Cooperativa Capal inicia exportação de café para a comunidade europeia
Comercialização para outros países exigiu estudos e investimentos; meta para este ano é abranger a exportação para os Estados Unidos, Canadá e Ásia
O primeiro bimestre de 2024 trouxe números expressivos para a agricultura do Paraná, com um destaque notável para o complexo da soja. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado, foram exportadas 2,5 milhões de toneladas de soja, incluindo grão, farelo, óleo e demais derivados.
Esse volume representa um aumento de 349% em comparação ao mesmo período de 2023. O valor financeiro dessas exportações atingiu US$ 1,22 bilhão, marcando crescimento de 118% em relação ao ano anterior.
Apesar desse início promissor, a projeção para as exportações totais de soja em 2024 é de uma redução, esperando-se que fechem o ano entre 13 e 14 milhões de toneladas, abaixo dos mais de 16 milhões exportados na safra anterior. A antecipação da colheita, realizada já na segunda quinzena de janeiro, foi um fator crucial para esse incremento inicial, mas a disponibilidade reduzida de soja para esta safra sinaliza um ajuste nas expectativas para o resto do ano.
A segunda safra de milho de 2023/24 enfrenta obstáculos significativos, com o clima desfavorável marcado por calor intenso e chuvas irregulares afetando a maior parte do Paraná. A situação é agravada por relatos de ataques de pragas nas lavouras, sugerindo uma produção potencialmente inferior à esperada.
Atualmente, 92% da área plantada está em boa condição, e 8% em condição mediana, mas há uma expectativa de que esses números piorem nos próximos relatórios.
Para a cultura do trigo, 2024 aponta para uma redução na área plantada em comparação a 2023, refletindo a queda na rentabilidade da cultura. Os custos variáveis para a produção de uma saca de trigo estão substancialmente acima do preço de mercado atual, pressionando os produtores a reduzirem custos ou a aguardarem uma valorização para decidirem pelo plantio.
As lavouras de feijão do Paraná enfrentaram uma piora devido ao calor excessivo recente. No entanto, 93% da área ainda apresenta condições boas. Essa pequena retração nas condições ainda mantém uma perspectiva positiva para a safra de feijão, pressionando as cotações de forma precoce.
Com apenas 1% das lavouras em maturação, a colheita que se intensificará em abril depende da continuidade das condições climáticas favoráveis para que os preços mais baixos se confirmem ao produtor e, eventualmente, ao consumidor.
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