Cotrijal incentiva a implantação da adubação verde no inverno

14.07.2010 | 20:59 (UTC -3)

O Departamento Técnico da Cotrijal, de Não-Me-Toque (RS), alerta os produtores sobre a importância da adubação verde no inverno visando melhores rendimentos nas lavouras de verão. O engenheiro agrônomo Ângelo Rigon Machado, que atua junto a unidade da cooperativa em Mato Castelhano, revela que mesmo a semeadura do milho sendo feita antes da soja, ainda há tempo para o produtor implantar culturas de cobertura. A adubação verde pode apresentar resultados positivos em vários aspectos, como o controle de pragas, plantas invasoras e doenças.

Para o controle de plantas invasoras, o engenheiro agrônomo Ângelo Rigon Machado recomenda a utilização de aveia e nabo, consorciados ou isolados. São as duas culturas mais utilizadas na região, por proporcionarem boa quantidade de palha e facilitarem o manejo da lavoura no verão. “Quanto maior a palhada na superfície, menos radiação vai penetrar no solo, o que dificulta a germinação de plantas invasoras, como é o caso da buva”, observa.

Outro aspecto que Machado considera importante em relação a adubação verde é a implantação de nabo para o controle de pragas. “O nabo implantado com boa densidade e qualidade acaba suprimindo muito a população de corós, presente em grande quantidade nas lavouras neste ano. Já temos histórico de corós causando danos na cultura do milho, e com grande frequência, e já trabalhamos com relatos dessa praga em lavouras de soja”.

Algumas doenças também podem ser evitadas com a implantação de um programa de manejo de inverno visando o ano seguinte. Conforme o engenheiro agrônomo, o mal-do-pé, doença que acomete muito o trigo e a cevada, pode ser evitado através da implantação de aveia, num sistema de rotação de culturas. "O produtor que quer ter bons resultados precisa pensar na sua lavoura como um sistema integrado, onde cada ação feita hoje vai refletir em um determinado resultado não apenas no final de uma safra, mas de vários anos; e a rotação de culturas, com utilização de adubação verde, é fundamental para garantir melhor rendimento tanto no inverno quanto no verão", explica Machado, citando que deixar áreas em pousio durante o inverno é uma prática inaceitável. "Utilizar aveia e nabo nas áreas onde não se plantou trigo pode representar uma redução drástica de pragas, plantas invasoras e doenças nas próximas safras".

Para o engenheiro agrônomo da Cotrijal Ângelo Rigon Machado, a palhada merece uma atenção especial dos produtores, já que ela age de diversas formas positivas para a cultura subsequente, seja ela milho ou soja. “Em se tratando da redução da erosão, a palha amortece o impacto da chuva e também absorve muito mais a água, proporcionando menos perdas de solo", explica. "Além de ser hoje um fator indiscutível na implantação do plantio direto”, explica.

Outro fator positivo da palhada é a questão da oscilação de temperaturas, o que atinge os solos principalmente no verão. Machado explica que quando é possível ter uma boa palhada, bem implantada e com um bom índice de massa, essas diferenças de temperatura ficam bastante reduzidas.

Mas é a retenção de água no solo que merece um destaque especial, segundo o agrônomo, que relaciona a palhada com um colchão. “Essa palhada amortece as gotas da chuva e permite a penetração dessa água com maior facilidade e frequência, melhorando a capacidade de retenção de água por esse solo e evitando a perda de umidade pelo próprio vento e também pela temperatura mais elevada”.

Desenvolvimento Cooperativista

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