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Mesmo presente no país desde 2013, foi em 2016 que a unidade fabril brasileira passou a responder diretamente à Mahindra EUA
Durante os dias 23 e 24 de outubro, a capital paulista receberá a terceira edição do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. O evento, que será realizado no Transamerica Expocenter, tem como tema “2030 – O Futuro agora, na Prática” e pretende promover discussões acerca dos principais desafios para fomentar o empoderamento feminino no setor agrícola.
Por conta disso, a Corteva Agriscience, Divisão Agrícola da DowDuPont, que é uma das patrocinadoras do congresso, apresentará uma série de ações que valorizam a importância das mulheres na agricultura. Quem passar pelo estande da empresa, poderá assistir a episódios da webserie This Is My Story (Esta é a minha história – em português), que mostra depoimentos inspiradores de produtoras rurais do Brasil, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, África do Sul, Quênia e Indonésia.
Entretanto, a grande novidade da Corteva para o 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócios é o lançamento da Academia de Liderança das Mulheres do Agronegócio, uma parceria da Fundação Dom Cabral (FDC) e Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) para capacitar as mulheres brasileiras que tiram seu sustento e de suas famílias da atividade no campo.
O treinamento será apresentado em detalhes durante o painel “O papel da mulher no sucesso do agronegócio brasileiro”, que ocorrerá no primeiro dia do congresso, 23 de outubro, às 13 horas, e será comandado por Ana Cerasoli, diretora de Marketing da Corteva Agriscience na América Latina.
"Com este projeto queremos proporcionar treinamentos para que mais mulheres possam se desenvolver e se destacar não apenas na agroindústria, mas também em associações e entidades de classe ligadas ao setor”, explica Ana Cerasoli.
O processo seletivo para a primeira turma, um projeto piloto com 20 mulheres, já está em andamento e as aulas devem começar em fevereiro de 2019. O curso é gratuito e composto por três etapas:
· Primeiro módulo: carga horária com 32 horas, será realizado em São Paulo (SP), com conteúdo focado em liderança e boas práticas agrícolas;
· Segundo módulo: 16 horas dedicadas a temas regulatórios e ciência política. Essa etapa será realizada em Brasília (DF). Nessa oportunidade, será debatida a participação da mulher na política e perspectivas no Brasil. Além disso, as participantes terão contato com associação de produtores e entidades governamentais;
· Terceiro módulo: 24 horas de duração e aplicado na unidade da Fundação Dom Cabral em Nova Lima (MG). Os assuntos estudados serão: sustentabilidade e novas formas de governança. Na ocasião, as participantes do curso terão que desenvolver um projeto estratégico para aprimorar a gestão de uma propriedade rural, de uma comunidade ou de uma associação de produtores. As autoras dos cinco melhores projetos terão a oportunidade de ir aos Estados Unidos onde conhecerão a sede da Corteva Agriscience, visitarão fazendas-modelo e conversarão com produtoras rurais norte-americanas.
Além das aulas presenciais, haverá ainda seminários online nos quais serão debatidos temas como: liderança e geração de valores, políticas públicas para agronegócio e sustentabilidade.
A Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a Corteva Agriscience e a Fundação Dom Cabral preveem ampliar o projeto em 2020 com mais 280 vagas.
De acordo com Viviane Barreto, diretora da Fundação Dom Cabral, “este programa permite à Fundação Dom Cabral realizar a sua missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, da capacitação e do desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos. É motivo de orgulho esta iniciativa, focada no desenvolvimento de Mulheres do Agronegócio. Mais mulheres como protagonistas, equilíbrio de gênero, trazem um olhar diverso, diferentes perspectivas, oferecendo às organizações e ao setor a oportunidade de aprimorar a qualidade das decisões tomadas, com impacto direto nos resultados”.
Já para Luiz Cornacchioni, diretor executivo da ABAG, “as mulheres têm forte presença no setor agropecuário, mas ainda enfrentam desafios, haja vista a última pesquisa realizada pela ABAG em 2017, que aponta que cerca de 45% delas relatam ter sofrido algum tipo de discriminação de gênero no trabalho. Como entidade que tem liderado várias iniciativas voltadas para a valorização das mulheres no agronegócio brasileiro, para a ABAG participar de um projeto que promove, engaja e capacita as mulheres no setor é de extrema importância’’, destaca.
Por fim, Ana Cerasoli enfatiza que a Academia de Liderança das Mulheres do Agronegócio está em linha com o propósito da Corteva, que é enriquecer a vida de quem produz e de quem consome, garantindo o progresso para as próximas gerações. “A companhia acredita que tem o dever de contribuir para a igualdade de gêneros, e, sabe que, para superar as desigualdades, é preciso fomentar oportunidades e capacitar as mulheres para que ocupem mais cargos de liderança”, conclui.
Barreiras para alcançar a equidade de gênero
Ter acesso à capacitação é uma demanda das produtoras constatada em pesquisa realizada com mais de 4 mil mulheres do agro em 17 países e divulgada recentemente pela Corteva Agriscience. O levantamento identificou as principais barreiras que as impedem de ter uma participação plena e bem-sucedida no agronegócio. Como exemplo, no Brasil, 78% das entrevistadas dizem existir desigualdade de gênero no campo e apenas a metade se considera tão bem-sucedida quanto os homens. Além disso, quase 40% das entrevistadas relataram ter renda menor do que os homens e menos acesso a financiamento.
Para derrubar essas barreiras cinco ações-chave foram identificadas:
· Mais treinamento em tecnologia (citado por 80%)
· Mais educação acadêmica (citado por 79%)
· Mais apoio – jurídico e de outras formas - para ajudar as mulheres na agricultura que sofrem discriminação de gênero (citado por 76%)
· Comunicar mais amplamente (ao público em geral) os sucessos e contribuições das mulheres na agricultura (citado por 75%)
· Sensibilizar o público para a discriminação de gênero na agricultura (citado por 74%)
Mais informações sobre a pesquisa sobre as Mulheres no Agronegócio no Brasil
· 78% acreditam que existe discriminação de gênero no Brasil (mais do que a média global, que é de 66%).
· 90% têm muito orgulho do ofício no Brasil (mais do que a média global de 70%).
· 63% das brasileiras acreditam que atualmente existe menos discriminação do que há 10 anos (dentro da média global).
· 44% das brasileiras consideram que o País levará em média de uma a três décadas para alcançar equidade entre os gêneros.
· 49% dizem que ganham menos que os homens.
· 42% dizem que têm menos acesso a financiamento do que os homens.
· Para as produtoras brasileiras, família e estabilidade financeira estão no topo das preocupações. Por mais que tenham orgulho do que fazem, o trabalho aparece como uma das últimas prioridades.
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