Cooperativas buscam garantia de preço mínimo no valor pago pela saca de trigo

Produtores têm recebido abaixo do estabelecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

13.09.2023 | 17:48 (UTC -3)
Taís Dihl, edição Cultivar
Foto: divulgação/Sistema Ocergs
Foto: divulgação/Sistema Ocergs

Nesta quarta (13), lideranças do Sistema Ocergs, FecoAgro/RS, Sistema Ocepar e Cooperativa Coamo encaminharam um ofício ao governo federal com o intuito de buscar uma solução para o pagamento dos produtores ligados ao mercado de trigo. Segundo dados levantados pelas cooperativas, os agricultores estão recebendo cerca de R$ 52,52 por saca de 60 kg, o que representa uma perda de R$ 35,25 no valor da saca de trigo tipo 1 e R$ 22,67 para o trigo tipo 2. Levantamento é baseado nos valores mínimos estabelecidos para a saca de 60 kg pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na safra 2023, que possui valor médio de R$ 87,77/saca para o grão tipo 1, e de R$ 75,19/saca para o tipo 2.

De acordo com Darci Hartmann (na foto), presidente do Sistema Ocergs, o mercado de produtos agrícolas vive um período de queda nos preços. “Só nos últimos 12 meses, tivemos uma redução drástica, chegando a níveis abaixo dos determinados pelo Programa de Garantia de Preços Mínimos para a safra de 2023”, esclarece. 

 Nessa linha, as entidades solicitam que os instrumentos de política agrícola para garantia de preços mínimos e escoamento da safra, principalmente o Preço Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e o Prêmio para Escoamento do Produto (Pep), sejam aplicados, garantindo assim a estabilidade de oferta de alimentos.

“Precisamos que o governo federal disponha e direcione recursos para suporte à comercialização dos produtores de trigo, via Pepro e Pep, apoiando o escoamento e garantindo a sustentabilidade da cadeia produtiva. Só assim os agricultores poderão amenizar suas perdas”, conclui.

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