Maio: como será o clima no Brasil?
A previsão indica chuva acima da média em grande parte das regiões Norte e Sul
Produtores de soja e milho de boa parte do país podem esperar dias complicados pela frente. Especialmente nos Estados do Maranhão, Pará e Tocantins, a chuva segue prejudicando a colheita dessas culturas. “Nessas áreas, o solo já está encharcado, e as chuvas devem continuar com força ao longo dos próximos dias, atrapalhando as máquinas que estão a postos para fazer a colheita. O escoamento agrícola da região tende a sofrer danos”, esclarece o meteorologista e diretor da Ignitia Inteligência Climática, João Rodrigo de Castro.
Segundo levantamento da ignita Inteligência climática, as chuvas também devem castigar o Rio Grande do Sul, o que poderá atrapalhar a colheita do arroz. Se em partes das regiões Sul e Norte o problema está relacionado às chuvas, no Centro-Oeste, Sudeste e interior da Bahia, o sol deve predominar, porém, também trazendo prejuízos. “Algumas lavouras de milho safrinha vão manter a condição de deficiência hídrica, por conta da falta de chuvas que segue ao longo de toda a semana”, comenta o diretor da Ignitia.
Nessas regiões, a falta de chuvas também está acarretando outro sério problema. “Como o solo está começando a ficar sem água, áreas de citrus e cana-de-açúcar passam a sofrer em demasia. É preciso atenção inclusive aos danos na cana, com a redução no nível de sacarose”, comenta.
As boas notícias ficam por conta das colheitas de soja, arroz e feijão, que tendem a acelerar com a incidência do sol no Centro-Sul do Brasil. Nessa região, o algodão também deverá ser beneficiado e poderá se desenvolver com mais força.
Nos Estados do Paraná e Santa Catarina o sol deve beneficiar o avanço das colheitas em geral.
A chegada de uma nova onda de calor, que se iniciou nesta semana e deve durar até a próxima, pode impedir a chegada de frentes frias no Centro-Oeste e Sudeste, mantendo o tempo seco e o forte calor. “Estamos em um período do ano em que a incidência de uma onda de calor não é rara, justamente porque o outono marca uma transição, então, ter temperaturas características do verão pode acontecer”, finaliza.
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