A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apurou que o estoque de café conillon encontrado até agora em 70% dos armazéns privados dos estados do Espírito Santo, Rondônia e Sul da Bahia , varia entre 1,5 milhão a 1,7 milhão de sacas. Os números foram apresentados nesta quarta-feira (11), ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, e a integrantes da cadeia produtiva. Na sexta-feira (13), a companhia deverá ter os números totalmente fechados do país, indicando a situação do abastecimento, para nortear eventuais medidas a serem adotadas.
O secretário prevê que a disponibilidade do produto poderá chegar a 1,8 milhão de sacas. Na próxima terça-feira, a partir das 16h, o secretário, os técnicos do ministério e da Conab e representantes dos produtores e da indústria, deverão discutir novamente a situação do abastecimento do produto. Após isto o ministro Blairo Maggi vai tomar a decisão quanto à realização ou não de importações do café robusta.
Representantes da indústria pleitearam a importação de 200 mil toneladas mensais, no período compreendido entre janeiro e maio, volume que seria isento da tarifa de importação. Acima disso, seria aplicada a Tarifa Externa Comum (TEC) de 35%. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, “as indústrias do Espírito Santo, garantem que não há oferta suficiente do conillon no mercado”. O alerta da necessidade de garantir a oferta do produto foi reforçado pelo diretor do Sindicato Nacional da Indústria do Café Solúvel, Agnaldo de Lima, ao afirmar que “se o Brasil não cumprir as cotas de exportação, compradores internacionais buscarão outros fornecedores de solúvel”.