Comunidades ganham projetos com fruticultura

29.11.2011 | 21:59 (UTC -3)
Fernando Sinimbu

Agricultores de dois assentamentos no Piauí e de um povoado no Maranhão, estão sendo beneficiados com tecnologias em fruticultura desenvolvidas pela Embrapa, através do Projeto Boa Esperança, de transferência de tecnologias, que é financiado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco – Chesf.

No Piauí, os beneficiados são os assentamentos Flores e Santa Teresa, encravados no município de Uruçuí, a 482 quilômetros ao sul de Teresina. As duas comunidades ganharam unidades demonstrativas de cinco mil metros quadrados, com caju. O projeto busca uma produção tecnificada, para aumentar a área plantada e melhorar a produtividade e renda dos agricultores.

A estrutura das unidades demonstrativas, que são em regime de sequeiro e foram implantadas em dezembro de 2009 e janeiro de 2010, respectivamente, obedece à risca o sistema de produção desenvolvido pela Embrapa. Consiste em um jardim clonal, que produzirá material propagativo para enxertia; e um jardim de sementes para formação de porta-enxertos, que darão origem às mudas.

Os clones utilizados para a formação dos jardins clonais e de sementes, todos desenvolvidos pela Embrapa, são os seguintes: CCP 76, BRS 189, BRS 226 e BRS 265. A informação é dos agrônomos Pedro Rodrigues Neto e José Lopes Ribeiro, da Embrapa Meio-Norte, que coordenam as ações.

Segundo eles, em 2012 o trabalho avança com a instalação de viveiros de produção de mudas no assentamento Santa Teresa e no município de São João dos Patos, no Maranhão, onde já existe uma unidade demonstrativa com caju na comunidade Mata da Jurema. “Com essa ação, os agricultores terão melhores condições de trabalho”, prevêem .

Os agricultores de Flores e Santa Teresa já foram treinados em sistema de produção de cajueiro. Em 2012, eles serão capacitados em produção de mudas. No próximo ano serão implantadas unidades demonstrativas com caju também no assentamento Beleza, no município de Antônio Almeida, a 395 quilômetros ao sul de Teresina, e outra em São João dos Patos.

Tanto Flores como Santa Teresa são comunidades que avançam a cada dia. Flores, a 80 quilômetros do centro de Uruçuí, tem o perfil de um desses minúsculos municípios que crescem no entorno das cidades de porte médio do interior nordestino. Nada menos do que 136 famílias vivem relativamente bem nos 11.800 hectares do assentamento, que tem ruas traçadas e é servido por energia elétrica, água encanada, escola de ensino fundamental e posto de saúde.

O líder da comunidade Flores, Zacarias Borges Nascimento, de 45 anos, é um ex-pedreiro que largou tudo em São Paulo por acreditar na força do trabalho no campo. Segundo ele, a maioria dos pequenos agricultores sobrevive de pequenos cultivos, como mandioca, milho, feijão e arroz, além da criação de pequenos animais. Os outros ganham a vida trabalhando nas fazendas de soja da região.

Em Santa Teresa, a 20 quilômetros do centro de Uruçuí, a realidade não é diferente. Os agricultores têm serviços básicos e sobrevivem da agricultura e da criação de pequenos animais. José Antônio do Nascimento, o Pombo, de 64 anos, é o líder da comunidade, que reúne 70 famílias. O assentamento tem 2.100 hectares.

Mais informações com o agrônomo Pedro Rodrigues Neto, pelo telefone (86) 3089-9237 ou pelo e-mail

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Assessoria de Imprensa

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