Começa a colheita de algodão no Sudoeste da Bahia

Sudoeste do estado responde por 5,94 mil hectares, do total de 307,65 mil ocupados por este cultivo na Bahia

13.04.2022 | 14:19 (UTC -3)
Catarina Guedes
As chuvas ajudaram no desenvolvimento da safra e pararam antes do esperado, favorecendo o início da colheita. - Foto: Divulgação
As chuvas ajudaram no desenvolvimento da safra e pararam antes do esperado, favorecendo o início da colheita. - Foto: Divulgação

A colheitadeiras de algodão já começaram a trabalhar nas lavouras da região Sudoeste da Bahia. A conclusão do ciclo veio um pouco antes do esperado, pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), graças ao clima. As chuvas ajudaram no desenvolvimento da safra e pararam antes do esperado, favorecendo o início da colheita. O Sudoeste do estado responde por 5,94 mil hectares, do total de 307,65 mil ocupados por este cultivo na Bahia. A associação acredita que tanto produção quanto produtividade serão boas na safra 2021/2022.

No passado, o Sudoeste foi o grande polo produtor de algodão na Bahia, mas o posto foi perdido para o Oeste, onde se concentra o bioma do cerrado na Bahia. Na primeira, prevalece o cultivo pelos pequenos produtores, enquanto a segunda é marcada pela agricultura de porte empresarial. A  soma da produção dos dois pólos faz do estado o segundo maior produtor de algodão no Brasil.

De acordo com o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a manutenção e o fortalecimento da cotonicultura na região Sudoeste, que concentra municípios tradicionais como Guanambi e os situados no Vale do Iuiú, é uma das prioridades da Abapa.

“Através de programas de apoio aos pequenos produtores, lá disponibilizamos tecnologia e orientação técnica e monitoramento, que têm sido essenciais para o incremento da produtividade nas lavouras regionais. O maior exemplo disso é a distribuição de kits de irrigação para as famílias de produtores, que garantem a segurança hídrica para a safra”, explica.

O coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antonio Carlos Araújo, acrescenta que todos os municípios desta zona geográfica estão cobertos pela orientação técnica e monitoramento conferidos pela entidade, no escopo do programa e seus 18 núcleos estaduais.

“Acompanhamos muito de perto o desenvolvimento da lavoura e monitoramos a ocorrência de pragas. Na safra que começa a ser colhida os índices de pragas, como o bicudo-do-algodoeiro, e doenças estão baixos, e podemos antever que será um ciclo bom para a região”, conclui Araújo.

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