Com forte alta externa, preço do algodão sobe no Brasil e renova máxima nominal

Avanço está atrelado à posição firme de vendedores e, sobretudo, à forte valorização dos contratos da pluma na Bolsa de Nova York

30.03.2022 | 15:08 (UTC -3)
Cepea

Os preços domésticos do algodão em pluma seguem em alta e renovando os recordes nominais da série histórica do Cepea, iniciada em 1996 para este produto. O avanço está atrelado à posição firme de vendedores e, sobretudo, à forte valorização dos contratos da pluma na Bolsa de Nova York (ICE Futures). Entre 22 e 29 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma subiu 3,25%, fechando a R$ 7,2799/lp na terça-feira, 29. Na parcial de março, a elevação é de 5,72%.

Segundo colaboradores do Cepea, boa parte das indústrias tem utilizado produtos em estoque e/ou recebido a matéria-prima de contratos a termo, evitando adquirir novos lotes nos atuais patamares de preços. Algumas empresas trabalham com a capacidade reduzida, visto que ainda há dificuldades nas vendas e no repasse de valores ao longo da cadeia têxtil.

Agentes indicam que o movimento no varejo ainda está enfraquecido, diante do fragilizado poder de compra da população. Já vendedores seguem pedindo preços maiores, o que limita a liquidez no spot.

Além do preço, a qualidade também é um fator limitante para as negociações, uma vez que há divergências entre a qualidade exigida por indústrias e a disponibilizada por vendedores. 

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