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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (4), o seminário “Exportando Frutas no Contexto Atual”. A capacitação foi realizada no Centro de Excelência de Fruticultura do Senar, em Juazeiro (BA).
O coordenador de Promoção Comercial da Diretoria de Relações Internacionais da CNA, Rodrigo da Matta, fez a moderação do seminário. Na abertura, destacou a importância da diversificação da pauta exportadora e apresentou o Agro.BR, um programa de internacionalização para pequenas e médias empresas rurais trabalharem no mercado externo.
O Agro.BR é uma iniciativa desenvolvidas em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) para aumentar a participação de pequenos e médios produtores no comércio internacional e diversificar a pauta exportadora de produtos do agro brasileiro.
Rodrigo da Matta mostrou todas as etapas do Agro.BR e as ferramentas utilizadas para fazer com que os alimentos brasileiros cheguem para outros países. “Contamos com o Programa de Aterrissagem, as Rodadas de Negócios, a participação em feiras e eventos internacionais, os consórcios e cooperativas exportadoras”, disse.
Ele também apresentou casos recentes de produtores rurais que começaram a exportar com apoio do programa. O Agro.BR tem escritórios regionais estaduais especializados em comércio exterior na Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo. Conta ainda com o apoio dos escritórios internacionais da CNA, localizados em Dubai, Singapura e Xangai.
Também participaram da abertura o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Guilherme Moura, e o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (PE), Jailson Lira, representando a Federação da Agricultura do estado de Pernambuco (Faepe).
Países asiático - O CEO do Escritório Agro.BR em Dubai, Rafael Gratão, fez uma palestra sobre os novos mercados para a fruticultura brasileira com foco na Ásia e apresentou um panorama do mercado, oportunidades, ameaças e principais concorrentes nos Emirados Árabes.
“Os Emirados importam cerca de 80% dos alimentos que consomem. As frutas estão em terceiro lugar entre os alimentos para consumo mais importados, sendo a manga, o mamão, a uva, o melão e a melancia as frutas mais consumidas. A aparência, a qualidade e o preço os principais critérios de compra”, destaca Gratão. Segundo ele, em 2022 o Brasil exportou cerca de US$ 5,6 milhões para os Emirados Árabes Unidos.
O engenheiro agrônomo da Sabor da Fruta, Júnior Silveira, falou sobre os mercados da China e Coreia do Sul, potenciais importadores de frutas do Brasil. Em sua apresentação, disse que o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas o 24º país em volume de exportação.
Ao apresentar os mercados asiáticos, Júnior Silveira mostrou que a Coreia do Sul importa manga brasileira desde 2017 e está finalizando as tratativas para a abertura de seu mercado para a uva. A China importa melões brasileiros desde 2019 e acaba de abrir mercado para a uva brasileira. Ele disse também que há o livre comércio de frutas após o acordo de livre comércio com o Mercosul.
No segundo bloco do seminário, foi abordada a questão logística para exportação. O painel foi moderado pelo diretor executivo da Abrafrutas, Eduardo Costa Brandão. A coordenadora comercial da Tecon Salvador & Centro Logístico Salvador, Cléo Maryan, apresentou o cenário da logística marítima antes e durante a pandemia e as tendências para o transporte internacional atual. A representante da empresa World Logistics Passport (WLP), Laura Barbosa, falou sobre a logística para o Oriente Médio.
O seminário Exportando Frutas no Contexto Atual abordou, ainda, a questão da obtenção de certificados internacionais. O gerente do Sebrae em Juazeiro (BA), Carlos Cinteiro, apresentou ferramentas de apoio para obtenção de certificado.
Ele afirmou que estará atuando em parceria com o Agro.BR na oferta de soluções do Sebraetec aos produtores rurais que estão no processo de internacionalização. Segundo ele, o Sebraetec está em todos as unidades federativas do Brasil e tem o objetivo de transferir a inovação e tecnologia para que os pequenos empresários tenham acesso aos serviços.
A gerente de projetos de internacionalização da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, Fernanda Dantas, mostrou aos participantes a importância da certificação Halal para abertura de mercado em países árabes. Segundo ela, o mercado islâmico vem crescendo em diversificação de produtos, volume e faturamento.
Fernanda Dantas também explicou que o conceito Halal não está mais concentrado em uma região geográfica, religião ou nação porque coloca o ser humano, meio ambiente e a saúde pública em primeiro lugar.
O seminário teve o apoio da Faeb, Faepe e do Sebrae.
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