CNA levanta custos de produção das lavouras de café, soja e arroz

Levantamento de custos da produção foi feita para regiões de Rondônia e no Rio Grande do Sul

17.07.2020 | 20:59 (UTC -3)
CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou na quinta-feira, 16 de julho, por videoconferência, painéis do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção de café, soja e arroz em Rondônia e no Rio Grande do Sul.

O objetivo do projeto é reunir informações estratégicas das propriedades modais (típicas) para conhecer a realidade das regiões e auxiliar os produtores na administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção.

O painel de café conilon contou com a participação de produtores do município de Cacoal, em Rondônia. Dados preliminares do levantamento apontaram uma propriedade modal com área produtiva de 4 hectares, sistema irrigado e colheita manual. A produtividade média da região é de 55 sacas por hectare.

De acordo com a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda, nesta safra, a mão de obra teve participação de 33% no Custo Operacional Efetivo (COE) da saca de café, seguida por fertilizantes (28%) e fitossanitários (9,9%). O restante dos custos foi composto por corretivos e irrigação.

Produção de grãos 

O projeto também levantou informações junto aos produtores de grãos de Camaquã (RS). Técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), além de representantes da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e do Sindicato Rural de Camaquã participaram do encontro online.

De acordo com o assessor técnico da CNA, Rogério Avelar, a propriedade típica da região possui 350 hectares de lavoura de arroz e soja. A produtividade média do arroz nesta safra foi de 169 sacas por hectare, com preço médio de R$ 53,50 por saca.

“Esse ano o arroz teve margens bruta e líquida positivas. Apenas a lucratividade teve resultado negativo, em função do aumento do preço dos arrendamentos”, disse.

Em contrapartida, a soja não teve um bom resultado. Segundos os produtores, a forte seca prejudicou a produtividade média da lavoura, que totalizou 20 sacas por hectare, com preço médio de R$ 84 a saca.

“Por causa da estiagem houve quebra na produção e os produtores tiveram que replantar parte das áreas, o que gerou mais custos. Diante desse cenário, as margens bruta e líquida e a produtividade tiveram resultados negativos”.

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