Proibição do ingrediente ativo paraquate em produtos agroquímicos no Brasil
Ficariam proibidas, a produção, a importação, a comercialização e a utilização de produtos técnicos e formulados à base do ingrediente ativo paraquate
Técnicos do Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizaram levantamentos de custos de produção de soja, milho na região Centro-Oeste.
Os encontros virtuais são resultados das medidas de segurança adotadas pela CNA para evitar o contágio por Covid-19. Os painéis reuniram produtores rurais e representantes das federações de agricultura dos estados e dos sindicatos rurais.
Na quinta-feira, 17 de setembro, foram analisados os custos de soja e milho produzidos na safra 2019/2020, no município de Dourados (MS). Dados preliminares revelaram que, apesar de os produtores terem plantado a soja fora da janela ideal, em razão da estiagem, foram colhidas em média 53 sacas do grão por hectare.
De acordo com o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, o levantamento apontou que, para fechar todas as despesas referentes aos custos de produção, o produtor precisou, em média, de 38 sacas por hectare, graças a maior receita gerada pelo bom cenário de preços de comercialização.
“Os insumos foram responsáveis por 59% do Custo Operacional Efetivo (COE) de formação da lavoura de soja, com destaque para os custos com fertilizantes (24%), defensivos (24%) e sementes (10%)”.
Também em Dourados, foi realizado o painel de milho, cultura de segunda safra, onde os produtores informaram que um dos desafios da última safra foi a ocorrência de veranico entre os meses de abril e maio, período importante para o desenvolvimento da planta.
Apesar de a estiagem ter afetado o rendimento das lavouras, os dados apontaram que a propriedade típica da região colheu 90 sacas por hectare, conseguindo diluir os custos e cobrir o Custo Total da atividade.
Ainda na quinta (17/09), os técnicos do Projeto Campo Futuro se reuniram virtualmente com produtores de soja e milho do município de Primavera do Leste (MT). No painel de soja, foi retratada a realidade produtiva de uma propriedade modal de 1.500 hectares de lavoura, com produtividade 5,5% maior do que a levantada no ano passado, devido ao bom regime pluviométrico.
De acordo com dados apresentados sobre a safra 2019/2020, o preço médio da soja aumentou 28% em relação à última safra e os insumos foram responsáveis pelo avanço de 10,8% do COE ante o levantamento de 2019. “A flutuação do dólar afetou os preços de insumos, que representou 64% do COE. Desse total, 25% foram gastos com fertilizantes, 25% com defensivos e 10% com sementes”, explicou Thiago Rodrigues.
Já o painel de milho 2ª safra revelou que o custo do produtor de Primavera do Leste foi 9% superior ao painel de 2019, atrelado à queda da produtividade, que limitou a margem da atividade. Entretanto, foram colhidas em média 102 sacas por hectare, com preço 31,9% maior do que o último levantamento do Projeto Campo Futuro.
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