Clube da Fibra reúne cotonicultores e debater desafios e futuro da cadeia do algodão

Evento promovido pela FMC celebrou os 20 anos da Abrapa; cerca de 370 pessoas participaram do encontro

27.05.2019 | 20:59 (UTC -3)
Larissa Albuquerque

Com estimativa de produzir 2,8 milhões de toneladas de algodão em pluma, aumento de 31% em relação à safra 2017/2018, o Brasil deve bater dois recordes na temporada 2018/2019: produção e exportações. Segundo dados da Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), a estimativa é embarcar dois milhões de toneladas de pluma este ano, contra 1,3 milhões de toneladas da safra anterior. Se confirmado, o país alcançará o posto de segundo maior exportador mundial da fibra, atrás apenas dos Estados Unidos.

Nesse cenário positivo, a FMC Agricultural Solutions promoveu a 24ª edição do Clube da Fibra, com o tema “O Algodão é Nosso Mundo”, entre dias 15 a 18 de maio, no Grand Hyatt Hotel-SP. O evento é referência como fórum de debate para o setor, e neste ano celebrou os 20 anos da Abrapa, entidade parceira do encontro, que foi fundada no Clube, em 1999.

A FMC reúne os principais cotonicultores do país em torno de uma programação que procura atualizá-los sobre os temas que impactam sua produtividade e rentabilidade. Para o Vice-Presidente da FMC América Latina, Ronaldo Pereira, o Clube da Fibra é um evento tradicional e de grande relevância para o setor. “Essa foi uma edição de celebração pelas enormes conquistas da cadeia do algodão, pelos 20 anos da Abrapa, mas também uma ocasião para refletir, dar um passo à frente e pensarmos no futuro do setor”, destaca.

O evento também celebrou os 20 anos da criação da Abrapa, que ocorreu em 7 de abril de 1999, durante o Clube da Fibra daquele ano. “A Abrapa surgiu num contexto de crise muito grande, em meio a um encontro de agentes do setor. Os produtores de algodão se juntaram para tentar reverter essa situação, escrever uma nova história. O bonito dessa união é que ela se deu de fato entre aqueles que cultivavam algodão, sem incursões de outros agentes, e conquistou credibilidade”, destaca Maeda reforçando a iniciativa da FMC, na formação da instituição.

Segundo Pereira, o Clube é um momento de congregação, troca de conhecimento e experiências. “Foi nesse contexto que surgiu a Abrapa, integrando a cadeia do algodão em prol de uma agenda positiva. Buscamos inovar em cada edição e propiciar momentos que indiquem ao produtor quais os aspectos que merecem sua atenção, de forma a auxiliar em sua tomada de decisão”, declara.

Nessa edição, principais produtores agrícolas e especialistas renomados se reuniram para pensar e planejar o futuro da cadeia produtiva do algodão. A programação contou com palestra sobre ‘Mercado do algodão e os desafios do setor’, ministrada pelo sócio diretor do Grupo Agroconsult, André Pessôa; seguido do painel 'Acesso ao mercado asiático', com participação do CEO da Aliança Agro Ásia-Brasil, Marco Jank; o CEO da Ecom Cotton Group, Marco Antonio Aloísio; e Henrique Snitcovski e Paulo Marques F. Neto, da Head Cotton ADM.

Já no painel Infraestrutura logística, tivemos como palestrante o Ministro Interino, Marcelo Sampaio, secretário executivo do Ministério da Infraestrutura e os debatedores, Julio Fontana, presidente da Rumo Logística, René Silva, COO Hidrovias do Brasil e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, acionista da Amaggi.

Durante o Painel Abrapa, também foram debatidos as 'Dores e desafios de ser grande!', com o foco no que esperar e qual o papel do algodão brasileiro no mercado mundial. Participaram Marcio Portocarrero, diretor executivo da Abrapa, ministro interino da Agricultura, Marcos Montes, secretário executivo do Ministério da Agricultura, Ronaldo Pereira e Henrique Snitcovski, presidente da Anea.

Para o presidente da entidade, Milton Garbugio, o setor evoluiu fortemente nos últimos anos, mas é preciso continuar pensando no futuro. “Mudamos de região produtiva no Brasil, investimos em qualidade e em aumento da produção; prosperamos no Cerrado, uma região que era desacreditada, e hoje o Brasil é reconhecido mundialmente como um sério país fornecedor de pluma, que tem um produto de excelência para oferecer. E, muito em breve deveremos ocupar o primeiro lugar do pódio de exportadores”, destaca.

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