Chuvas de setembro beneficiam desenvolvimento do milho

10.09.2010 | 20:59 (UTC -3)

O mês de setembro iniciou com chuvas em praticamente todo o Estado do RS. Apesar de se apresentarem com intensidade variada, de forma geral, elas beneficiaram as culturas em andamento. Segundo o Informe Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, as precipitações propiciaram melhores condições de umidade à lavoura de milho, melhorando o desenvolvimento das áreas já semeadas e possibilitando o retorno do plantio nas que necessitavam de melhores condições de umidade no solo. Principalmente no Noroeste, houve grande incremento de plantio na semana.

O trigo também foi beneficiado e a área cultivada segue com bom padrão de lavoura, com as práticas culturais sendo realizadas pelos agricultores. A atual fase de floração do trigo alcançou os 29%, sendo esse, o período mais sensível em relação ao clima, portanto, fase que preocupa os triticultores, pois ainda restam 56% da área em desenvolvimento vegetativo.

Os arrozeiros estão iniciando os preparos do campo e a implantação das lavouras para a safra 2010/11. Alguns produtores ainda estão efetivando a incorporação da resteva da safra passada e outros, escoando a água dos quadros para o novo plantio. A área prevista para o cultivo no Estado é de 1,145 milhão de hectares. Já o plantio da 1ª safra de feijão prossegue, mas mantendo atraso de mais de 50% em relação à média histórica para o mesmo período.

Nos cultivos de tomate e pimentão em estufas, as temperaturas mais altas melhoram o desenvolvimento e o índice de maturação. Os produtores estão realizando a colheita e os preços permaneceram estáveis.

Para os vitivinicultores, este é o momento de maior intensidade da poda de inverno, do amarrio dos ramos e de tratamentos como o uso de caldas sulfocálcicas e bordalesa. Nas cultivares mais exigentes, em horas de frio, está sendo realizada a aplicação de reguladores de crescimento, visando a uma brotação mais intensa e uniforme. As variedades mais precoces demonstram sinais de início de brotação.

Após um período de estabilidade, o preço médio do leite pago ao produtor voltou a registrar queda. O produto, que estava cotado em R$ 0,60 o litro, caiu para R$ 0,59 o litro, ou seja, queda de 1,67%. O levantamento realizado nas principais regiões de produção leiteira pela Emater/RS-Ascar também apurou queda no preço máximo alcançado, de R$ 0,68 o litro para R$ 0,67 o litro, mas o preço mínimo se manteve em R$ 0,50 o litro. O aumento na oferta do produto é apontado como a principal causa da redução.

Raquel Aguiar

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

(51) 2125-3106

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