IAC realiza 1º Simpósio sobre os avanços na nutrição de citros e café em abril
O Instituto Agronômico (IAC) irá realizar o 1º Simpósio sobre os avanços na nutrição de citros e café
A biomassa da cana-de-açúcar funciona como uma espécie de “reservatório virtual” nos canaviais e preservam o volume útil das hidrelétricas no período mais seco e crítico do ano para o sistema elétrico, entre maio e novembro. Além disso, produz uma energia limpa e renovável consumida por milhões de brasileiros.
Segundo o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar Souza, em 2017 a eletricidade obtida da palha e do bagaço da cana foi equivalente a preservar 15% das águas nos reservatórios das hidrelétricas do submercado Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 60% do consumo de eletricidade do País.
“Atualmente, a energia armazenada nos reservatórios hidrelétricos no Sudeste/Centro-Oeste está com 40% da capacidade máxima e estamos caminhando para o período seco. O início da safra canavieira no Centro-Sul, em abril, seguindo firme até novembro, sempre representa um alívio para o setor elétrico, cuja matriz ainda é predominantemente hídrica e dependente do regime anual de chuvas”, afirma o executivo da UNICA.
Por ser gerada próxima aos centros urbanos, a bioeletricidade da cana apresenta diversas vantagens logísticas e ambientais. Com produção estável e previsível ao longo do ano, além de ajudar a atenuar os impactos negativos da estiagem nos reservatórios, em 2017, o volume de energia elétrica renovável comercializado pelo setor sucroenergético foi suficiente para iluminar 11 milhões de residências, evitando a emissão de 8 milhões de toneladas de CO2, um dos principais causadores do aquecimento global.
Da porteira para dentro
Nos últimos 40 anos, as usinas sucroenergéticas têm apresentado notável evolução no uso racional da água para o processamento industrial da cana. Desde a década de 1970, as empresas reduziram a captação hídrica da faixa de 15 m3/t para de 1,2 m3/t.
“Foi um resultado obtido principalmente com o tratamento e fechamento de circuitos com reuso de água e o aprimoramento de outros processos produtivos, como a colheita mecanizada, em que a cana crua picada não necessita de lavagem antes de seguir para a moenda”, ressalta o consultor Ambiental e de Recursos Hídricos da UNICA, André Elia Neto, aproveitando para desmitificar uma antiga crença atribuída à cultura canavieira: “Ao contrário do que se imagina, a produção de cana no Brasil praticamente não é irrigada”.
Outro fator que se destaca na preservação de recursos hídricos promovida pelo setor sucroenergético é a proteção de nascentes e recuperação de matas ciliares. Graças ao programa denominado Etanol Verde, desde 2007 as usinas e fornecedores de cana vêm atuando na proteção e recuperação de 259 mil hectares de áreas ciliares e de cerca de 8,4 mil nascentes somente no Estado de São Paulo.
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