Campeões do Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja serão revelados em julho

Desafio realizado pelo Cesb atraiu mais de 6.000 inscritos em sua 16ª edição

27.05.2024 | 15:16 (UTC -3)
Rodrigo Capella, edição Revista Cultivar
Foto: divulgação
Foto: divulgação

Organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (Cesb), o 16º Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja divulgará os seus campeões no próximo dia 04 de julho. O anúncio acontecerá durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade, a ser realizado nos estúdios do Canal Rural, em São Paulo (SP), a partir das 8h30.

No total, a iniciativa do Cesb teve mais de 6.000 inscrições, mostrando que, mesmo com adversidades climáticas, dificuldades de produção e desafios econômicos, os sojicultores, com diversos perfis, aderiram fortemente ao Desafio. Esse movimento também reforça que o Comitê é referência na sojicultura nacional. 

Neste ano, o Desafio irá comemorar os 100 anos da soja no Brasil e celebrar que em 1924 as primeiras sementes de soja chegaram ao Brasil. De lá para cá, a cultura da soja impactou e transformou toda a economia brasileira, expandindo sua prosperidade para outros setores e transformando vidas. Para comemorar esta revolução no agro brasileiro, impulsionada pela sojicultura, o Cesb vai estampar em suas comunicações o selo comemorativo de 100 anos de soja no Brasil, em parceria com a 24ª Fenasoja, a Feira Nacional da Soja, prevista para ocorrer no 2º semestre de 2024.

Fortalecimento da Sojicultura Nacional 

Tradicionalmente, o Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja do Cesb realiza diversas iniciativas marcantes e inovadoras em prol do fortalecimento da sojicultura nacional e do agronegócio brasileiro. Entre as ações, vale destacar a renovação da importante parceria Cesb/SkyFLD, com a qual todos os participantes da 16ª Edição do Desafio Cesb serão contemplados com acesso gratuito (pelo período de 01 ano) ao moderno software de agricultura de precisão e monitoramento SkyFLD, que deverá fornecer uma solução inovadora e, portanto, auxiliar o produtor quanto à análise de dados, melhora na tomada de decisão e previsibilidade das auditorias. Esta plataforma garantirá uma infraestrutura para acompanhamento digital das áreas inscritas no Desafio, planejamento e documentação das atividades de campo, além de outras funcionalidades e soluções digitais que visam otimizar as produtividades.

Competitividade - de acordo com Marcelo Habe, Presidente do Cesb, o Comitê estimula a sustentabilidade oferecendo uma plataforma de competitividade e boas práticas agrícolas.

"Ao equilibrarem de uma forma sólida a produtividade com a defesa da sustentabilidade, os produtores rurais ampliaram os índices produtivos de uma forma impactante, o que ampliou o grau de competitividade do Desafio. Para contar com a auditoria oficial do Cesb, basta realizar o acionamento em nosso site".

Habe acrescenta que a última edição teve mais de 950 auditorias distribuídas nas diversas regiões do Brasil. "Esse número confirma que os sojicultores vêm entregando excelentes números, mesmo em uma safra com tantas adversidades, como escassez de chuva e pouco enchimento de grãos", observa.

Luiz Silva, Diretor Executivo do Cesb, acrescenta que a auditoria utiliza rigorosos protocolos, o que confere total transparência ao Desafio Nacional de Máxima Produtividade de Soja. "A cada ano, o Cesb avalia a eficiência técnica do processo de auditagem da última safra a fim de melhorar o processo. Novas regras e possíveis mudanças no processo são compartilhadas em tempo hábil para que a equipe de auditores receba a devida capacitação".

Checagem Eco Ambiental 

Todos os Campeões do Cesb passam por um processo minucioso de checagem eco ambiental na qual práticas ESG voltadas para a preservação do meio ambiente, responsabilidade com a sociedade e transparência empresarial são levadas em consideração. 

Um exemplo é a importante análise de ecoeficiência, que tem como objetivo integrar a Avaliação de Ciclo de Vida e custos para gerar um indicador combinado, seguindo padrões internacionais conhecidos. O escopo da análise engloba todas as fases da produção, desde o cultivo até a colheita e considera insumos agrícolas, combustíveis e água que contribuem para a produtividade auditada. 

Os dados são obtidos diretamente dos produtores, e cada campeão de produtividade é comparado com a média eco ambiental de sua região. Os resultados mostram que os campeões superam suas médias regionais em ecoeficiência, ilustrando o impacto positivo das melhores práticas agrícolas.

Desta forma, a fim de obter-se um panorama ambiental das propriedades e contribuir para possíveis ações sustentáveis, os auditores deverão solicitar, no momento de realização das auditorias e/ou por telefone, a coleta do Cadastro Ambiental Rural (CAR) das propriedades envolvidas no Desafio Cesb.

Todas as informações obtidas serão tratadas com sigilo e confidencialidade, sem divulgação de detalhes específicos das fazendas e em conformidade com as leis vigentes de proteção de dados. 

Marca de 134,46 sacas por hectare 

A última edição do Desafio, a 15ª Edição, teve como grandes campeões nacionais e vencedores da região Sudeste o sojicultor João Lincoln Reis Veiga, da Fazenda Congonhal, de Nepomuceno (MG), que venceu a categoria cultivo Sequeiro/Nacional e categoria cultivo Sequeiro/Sudeste, com 134,46 sacas por hectare.

O sojicultor João Antonio Gorgen foi o vencedor em duas regiões, na categoria cultivo Sequeiro/Nordeste e categoria cultivo Sequeiro/Norte. No Nordeste, com a Fazenda Barcelona, de Riachão das Neves (BA), que registrou 119,71 sacas por hectare; e no Norte, com a Fazenda São Gabriel, de Mateiros (TO), que obteve 108,63 sacas por hectare. Este duplo reconhecimento em regiões distintas, reforça a tese do Cesb de que a alta produtividade, que envolve muito conhecimento, uso de tecnologias e boas práticas agrícolas, é transferível e replicável. E por outro lado, enfraquece uma crença limitante que associa a alta produtividade com fatores como tipo de solo ou clima de uma região específica.

O vencedor da categoria cultivo Sequeiro/Sul foi o produtor Moacir Griss, da Fazenda Santa Cruz, de Clevelândia (PR), com 132,83 sacas por hectare, e o ganhador da categoria cultivo Sequeiro/Centro-Oeste foi o sojicultor Caetano Polato, da Fazenda Gravatai, de Itiquira (MT), com 106,01 sacas por hectare.

Na categoria cultivo Irrigado/Nacional, o ganhador foi o sojicultor Norio Fujisawa, da Fazenda Campos Verdes, de Itapeva (SP), com 111,75 sacas por hectare.

Anúncio dos Campeões

Os vencedores serão revelados no dia 04 de julho, a partir das 8h30, durante a 16ª Edição do Fórum Nacional de Máxima Produtividade de Soja, tradicional evento de atualização do conhecimento sobre a cultura da soja de alta produtividade no Brasil e de discussão sobre as estratégias de manejo e de tecnologias utilizadas pelos Campeões do Cesb, o qual neste ano, deverá destacar também as principais práticas do conceito ASG-P.

Marcelo Habe, presidente do Cesb, explica que é fundamental promover e incorporar o "P" de Produtividade à tão consolidada sigla ASG (ambiental, social e governança), transformando-a em ASG-P.

“Diversos são os fatos que comprovam essa necessidade. Um exemplo simples para explicar é quando correlacionamos os fatores produtividade e área agrícola. Levando em conta que a produtividade de grãos estivesse estagnada no nível da década de 70, seriam necessárias cerca de 3,3 vezes mais áreas destinadas à produção agrícola, para produzir a mesma quantidade de grãos que o Brasil produz atualmente. Com evolução nas práticas e tecnologias aplicadas ao campo e com maior conhecimento, a produtividade tornou-se um componente crucial para enfrentar os desafios climáticos globais, a segurança alimentar e a pujança e competitividade do nosso agronegócio. A Produtividade é uma verdadeira poupança de terra e outros ativos naturais e não podemos esquecer como um fator importante da sustentação financeira para o país!”, explica Habe.

O presidente do Cesb destaca que essa análise mostra o quanto a produtividade, suportada pela inovação, tecnologias e boas práticas produtivas são impactantes para o meio ambiente, segurança alimentar, produção de energia “verde” (etanol de cana, de milho, cogeração), entre outras temáticas. “Além de eficiente e competitivo, o agronegócio tem um importante papel para preservar ativos naturais como carbono de solo, água e biodiversidade que convivem dentro da propriedade rural”, destaca.

Sustentabilidade financeira 

Dentro deste contexto, Habe observa que é imperativo conectar a questão da sustentabilidade financeira do produtor e da sua cadeia produtiva com os temas ASG.

“Eles precisam prosperar, serem competitivos e valorizados frente às demandas ASG que estão surgindo. Para preservar e produzir de modo sustentável necessita-se de conhecimento, difusão de tecnologias e técnicas, tempo de maturação e investimentos que precisam ser contabilizados. Por fim, a sustentabilidade financeira garante os recursos necessários para o produtor rural continuar produzindo, em direção de uma maior eficiência e excelência, em consonância com as demandas de mercado interno e externo com relação aos indicadores de responsabilidade ASG”, contextualiza.

“Por este prisma, percebemos como a sigla ASG-P (ambiental, social, governança e produtividade) faz total sentido e aponta para as questões do futuro, como aumentar a produtividade para promover a sustentabilidade e neste processo promover o uso racional de recursos naturais, sem abrir mão da produção”, finaliza o presidente do Cesb.

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