Molécula usada como mucolítico pode combater doenças bacterianas em culturas agrícolas
Os produtores de laranja em SP e os de oliva, na Itália, enfrentam um problema comum: a bactéria Xylella fastidiosa, causadora de várias doenças em plantas
A broca-do-café é uma praga exclusiva do cafeeiro. Trata-se de um besouro que se alimenta dos frutos, reduzindo o peso dos grãos em até 20%. Os grãos “brocados” (furados pelo inseto) também interferem na qualidade, reduzindo o valor final da saca do produto.
“Para os produtores de café especial um alerta: não é possível embarcar grãos brocados para exportação”, afirma o consultor em cafeicultura Guy Carvalho. Ele também cita a queda precoce dos frutos, o apodrecimento da semente e a contaminação por micro-organismos como prejuízos causados pela praga.
Período de manejo cultural
De acordo com Guy Carvalho, o manejo cultural nos cafezais deve ser feito principalmente até novembro, ou em até 90 dias após a florada principal. No período da entressafra, a eliminação dos frutos remanescentes é um cuidado importante para evitar que o inseto permaneça na lavoura de uma safra para outra. O mais importante nesse momento é realizar a retirada, manual ou mecânica, de todos os grãos (dos pés e do chão).
Especialmente neste ano, o manejo cultural torna-se indispensável devido às condições climáticas. Nas principais regiões produtoras, o clima favoreceu o desenvolvimento da broca. “As chuvas significativas de agosto derrubaram os grãos que restavam nas plantas, dificultando a coleta. Houve a antecipação da florada, trazendo preocupação para o ciclo 2019 porque encurta a entressafra.”
Controle químico
A partir de novembro, o manejo químico da broca-do-café pode ser realizado nos talhões em que a aplicação for necessária. Somente o monitoramento constante das áreas vai indicar a necessidade de uso de produto para o controle do inseto.
O monitoramento pode ser feito por meio da contagem de frutos. De acordo com estudo divulgado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o cafeicultor deve andar em zigue-zague no talhão e fazer a avaliação de 20 plantas/hectare. Deve-se coletar uma amostra de 100 frutos/planta e realizar a contagem dos grãos brocados e não brocados.
“Pelo método da contagem, o controle químico é indicado se o percentual de frutos brocados for igual ou superior a 3%”, explica o gerente de marketing café da BASF, Stael Prata. Nestes casos, a BASF oferece o inseticida Verismo para a utilização nos cafezais. “A solução apresenta um novo princípio ativo com alta eficiência, superior a 80%. O uso é indicado no período de frutificação do café, levando-se em conta a infestação da praga na área”, completa Prata.
A BASF realiza trabalho educativo com os cafeicultores para mostrar a importância do combate à praga. “Observamos que a adoção pelo controle da broca-do-café ainda é muito baixo. Com informação e manejo correto, o cafeicultor consegue mais produtividade e qualidade, o que resulta na longevidade do seu negócio”, finaliza Prata.
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