Boas novas no relatório do protocolo agroambiental do setor sucroenergético

18.12.2014 | 21:59 (UTC -3)

Em meio à maior escassez hídrica das últimas décadas, que muitos creditam às mudanças climáticas, o relatório Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenérgetico firmado entre as secretarias estaduais de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente (SMA), a União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) e a Organização dos Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (ORPLANA) traz resultados animadores.

“Com o advento do Protocolo, o setor evoluiu em ganhos ambientais ligados à redução da queima para colheita, à proteção das áreas ciliares, e também nos processos industriais, com a diminuição do consumo de água para o processamento de cana (resultado de fatores da colheita crua), limpeza da cana a seco e o fechamento de circuitos de água, dentre outras melhorias, visando à produção sustentável de cana-de-açúcar e seus produtos” afirmam Marli Mascarenhas Oliveira, Katia Nachiluk e Rejane Cecília Ramos, pesquisadoras do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta), representantes da SAA.

Assinado em 2007, o Protocolo Agroambiental do Setor Sucroenergético representa um acordo voluntário entre as partes, que determinou a antecipação dos prazos legais para o fim da despalha da cana por meio do uso de fogo, a recuperação de matas em nascentes e a proteção das áreas de preservação de outros cursos d’água. De acordo com seus idealizadores, além de introduzir a mecanização da colheita da cana de açúcar, o Protocolo representou a consolidação de uma estrutura produtiva baseada na adoção das melhores práticas de sustentabilidade ambientais e sociais pelo setor produtivo. “O protocolo inaugura uma nova forma de se produzir cana de açúcar no Estado de São Paulo”, ressalta Marli Mascarenhas Oliveira.

A cana de açúcar é o principal produto da agropecuária paulista. A participação da cultura no valor da produção agropecuária do estado de São Paulo em 2013 foi de 46,7% (R$ 26,9 bilhões). No período analisado, houve um aumento de 47% na área colhida, passando de 3,4 para 5,1 milhões de ha. Embora a cultura tenha se ampliado, pesquisas indicam que esta expansão não ocorreu em áreas de produção de alimentos e sim em áreas de pastagens degradadas.

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