Pesquisadores da Unesp encontram nova praga em produção de Pinus
Denominada "Sirex obesus", a nova praga é uma espécie de vespa-da-madeira originária do sul dos Estados Unidos e do México
As recentes mudanças climáticas, evidenciadas pelas intensas chuvas no Rio Grande do Sul, destacam a necessidade de soluções agrícolas mais resilientes. Visando oferecer uma ferramenta eficaz para que os sojicultores enfrentem essas adversidades, a indústria de insumos biológicos Biosphera Agro Solutions introduziu ao mercado brasileiro os inoculantes Nitrosphera Fusion e Nitrosphera elkanii turfa, ambos compostos por microrganismos do gênero Bradyrhizobium. Os produtos foram oficialmente lançados durante a 39ª Reunião de Pesquisa de Soja – RPS, que aconteceu no último mês em Londrina (PR). O primeiro chega ao mercado na versão líquida.
Considerando que a soja é uma cultura exótica no Brasil, os solos inicialmente não possuíam rizóbios eficazes e necessários para o seu desenvolvimento. Com a prática regular de inoculação ao longo dos anos, essa população de microrganismos cresceu consideravelmente. Desde 1992, quatro estirpes de rizóbios são autorizadas pelo Ministério da Agricultura (Mapa) para uso em inoculantes comerciais no Brasil. Destacam-se as estirpes Bradyrhizobium elkanii Semia 587 e Semia 5019, e Bradyrhizobium japonicum Semia 5079 e Semia 5080, essenciais para a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) e a produtividade da soja.
“A interação entre genótipos de soja adaptados aos diferentes ambientes e estirpes de rizóbios eficazes na FBN pode resultar em respostas diversas. O B. elkanii demonstra alta tolerância a estresses ambientais, como temperaturas elevadas e alagamentos. Isso pode ser benéfico em regiões onde essas condições são frequentes durante o desenvolvimento da soja”, explica André Nakatani, gerente de P&D da Biosphera. “Em situações estressantes pode haver alterações hormonais, como aumento da produção endógena de etileno e consequentemente prejudicar a nodulação. Esse prejuízo pode ser atenuado pelo Bradyrhizobium elkanii, que possui mecanismo de limitação da produção de etileno, que não é identificado em outras espécies de rizóbio”, diz ele.
Os novos produtos foram formulados para responder às demandas específicas do solo e das condições climáticas brasileiras. Além disso, a Biosphera introduziu um novo conceito de BioManejo Estratégico (BME), que envolve o acompanhamento contínuo dos produtores para identificar necessidades específicas de cada solo e cultura.
“Dentro do conceito de BioManejo Estratégico, entendemos que pode ser vantajoso alternar entre diferentes espécies de Bradyrhizobium para promover a diversidade microbiana no solo. Embora o B. japonicum seja mais amplamente utilizado na cultura da soja, o B. elkanii também é uma alternativa eficaz para inoculação, podendo desempenhar um papel importante em certas condições ambientais e de manejo, contribuindo para o bom desenvolvimento e produtividade da cultura da soja”, explica o gestor.
De acordo com ele, trabalhos recentes avaliaram as estirpes autorizadas de forma isolada ou em combinação em diferentes locais, onde ficou evidente a importância das estirpes de B. elkanii utilizadas isoladamente ou em associação com B. japonicum. “A partir desses resultados desenvolvemos o novo produto Nitrosphera Fusion, contendo o B. elkanii Semia 5019 e a Semia 5079 de B. japonicum", acrescenta.
Com planos para dobrar a capacidade de produção no próximo ano e construir uma nova unidade industrial, a Biosphera está focada em expandir seu impacto no agronegócio brasileiro.
“Nosso foco está em grãos, especialmente em soja, milho e cereais. Estamos começando a trabalhar com café, cana de açúcar e algodão”, diz Cesar Kersting, diretor comercial, que reforçou a importância da Biosphera no cenário do agronegócio brasileiro. Por isso, a companhia está apostando no desenvolvimento de soluções locais para a agricultura tropical, investindo em pesquisa e inovação em parceria com universidades e instituições renomadas.
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