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A AgBiTech introduz no mercado uma nova solução tecnológica para controle da lagarta Spodoptera frugiperda, uma das mais danosas pragas das culturas de milho e de algodão. Ancorado na aplicação do bioinseticida Cartugen, à base de baculovírus, associado a inseticidas químicos com ação de choque, o método eleva a eficácia agronômica e favorece a relação custo-benefício do produtor no manejo da lagarta, segundo pesquisadores.
De acordo com a AgBiTech, a nova estratégia para manejo da Spodoptera frugiperda resulta de um amplo trabalho em nível de campo, realizado em áreas comerciais pertencentes a grandes grupos do agronegócio. Participaram dessa etapa órgãos de pesquisas como a Fundação Chapadão (MS), além de consultorias de renome do setor.
Segundo a companhia, em áreas de milho nas quais a AgBiTech analisou o desempenho de seu produto Cartugen atrelado ao ingrediente ativo químico de choque metomil – distribuído por várias empresas de agroquímicos –, o dano foliar provocado pela lagarta às plantas diminuiu entre 60% e 70%.
A entomologista da Fundação Chapadão, Suélen Moreira, assinala que diante de populações de lagartas cada vez mais resistentes a inseticidas, há hoje poucas opções economicamente viáveis para o produtor fazer o manejo eficaz da praga. “Vírus favorecem o controle e ajudam a preservar a produtividade”, resume a pesquisadora. Conforme Suélen, numa ‘área-testemunha’ de algodão de Mato Grosso do Sul, a associação de baculovírus ao metomil resultou na produção de quase 5 toneladas da pluma (333 arrobas) por hectare.
“O tratamento envolvendo inseticida biológico e inseticida de choque tem mostrado resposta rápida e evitado danos ocasionados pela lagarta. Notamos ainda que o período de controle da praga é mais longo, de sete a dez dias, na comparação a outros métodos”, reforça Germison Tomquelski, pesquisador da Desafios Agro, de Chapadão do Sul (MS), que vem trabalhando com o inseticida biológico há três safras, no algodoeiro e no milho.
Estruturas reprodutivas
Segundo o gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da AgBiTech, Marcelo Lima, a nova solução de manejo da Spodoptera frugiperda difundida pela empresa registrou resultados positivos em 75% das áreas analisadas. Para ele, os principais benefícios transferidos pelo método ao algodoeiro são a proteção de estruturas reprodutivas e o aumento destas, “com ganho médio de treze estruturas por metro linear”.
Lima informa ainda que o produto Cartugen constitui um defensivo agrícola de matriz 100% biológica. Explica também que, associado ao inseticida metomil, segundo definição do pesquisador Tomquelski, o bioinseticida da AgBiTech age de maneira similar a um produto da categoria ‘protetor’, cujo principal atributo técnico é o de assegurar eficácia ao manejo de resistência de pragas a agroquímicos.
“Essa característica de Cartugen é altamente relevante, na medida em que não há no Brasil, neste momento, uma nova molécula química inseticida pronta para o mercado de lagartas. É preciso, portanto, preservar a durabilidade das tecnologias químicas mais viáveis economicamente ao produtor, sob pena de perdas crescentes nas lavouras de agora às próximas safras”, opina Lima.
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