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O forte calor e a seca que afetaram o Brasil e castigam as lavouras em algumas áreas na última safra deixam um prejuízo de R$ 45,3 bilhões. Segundo a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro), estima que as perdas somente para os produtores gaúchos foram superiores a 19,7 bilhões. Para trazer soluções e debater alternativas a estes e outros problemas, acontece de hoje, 29 de abril até 3 de maio, VIII Fórum Norte Gaúcho do Trigo e IX Fórum Norte Gaúcho do Milho.
Uma das soluções abordadas no evento será a importância da irrigação para garantir produtividade mesmo nos períodos de seca. Segundo Marcos Vinicius de Quadros, sócio proprietário da SIA Representações de Equipamentos LTDA, de Erechim/RS, revenda especialista em projetos de irrigação por pivô e por aspersão, no último ano a seca foi uma das mais severas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Porém na contramão disso, houve um crescimento de 400% na procura por equipamentos para irrigação. “Foi um ano atípico, mas os dados mostram que os produtores estão buscando alternativas, pois aqueles que já utilizam pivô, estão tendo resultados que chamam a atenção”, destaca.
Entre as culturas mais produzidas na região Norte do estado gaúcho está o milho, e isso se atribui a dois importantes fatores. Um deles é a forte presença de indústrias na região, e o outro motivo é a altitude média, que fica acima de 800 metros, isso para a produção do cereal é bem importante. Segundo Quadros, há ainda bastante recursos disponíveis para irrigar. “Temos um volume médio de chuvas singulares que acaba ajudando no cultivo do milho, cultura que precisa de aproximadamente 600 milímetros de água/ano” diz.
Por todos estes fatores a irrigação começar a chamar atenção cada vez mais, principalmente porque hoje na cultura do milho o valor pago pela saca está em aproximadamente R$ 90 reais, isso agrega bastante valor ao negócio. “Tivemos casos de clientes que produziram o milho semente irrigado e retirando os custos diretos e indiretos tiveram faturamento de 330 sacas por hectare”, lembrou Quadros.
Tradicionalmente o trigo nesta região é cultivado no inverno, na época de maior chuva, entretanto, no último ano por exemplo, foi o período mais seco. Quem não tinha pivô para irrigação teve a produção comprometida, por outro lado os que irrigaram alcançaram bons resultados.
Segundo o sócio proprietário da SIA, com o auxílio da irrigação não só o Rio Grande do Sul, mas o Brasil tem todas as condições para se tornar grande produtor de trigo. “Com certeza podemos ser um grande produtor mundial do cereal, pois além do clima, e todos as condições, o cultivo pode ser uma interessante alternativa aos produtores e o pivô é uma tecnologia que está abrindo um mercado para outras culturas, proporcionando ainda mais opções de ganhos nos negócios”, reforça Quadros.
Os Fóruns Norte Gaúcho começam hoje, 29 de abril, e serão no formato presencial, no Centro Comunitário Centenário, com palestras pela manhã e tarde. Na segunda e terça-feira, dias 2 e 3 de maio, as palestras serão em modelo de live, transmitidas diretamente do Sindicato Rural de Getúlio Vargas, por meio dos canais de YouTube e Facebook do Fórum Norte Gaúcho.
Entre os temas a serem debatidos, além da irrigação estão: clima, mercado, doenças e pragas, agricultura de precisão, produção competitiva e fisiologia das plantas, entre outros. Os eventos têm como público-alvo produtores rurais, técnicos agrícolas, engenheiros agrônomos, professores e acadêmicos de toda a Região do Alto Uruguai e Norte do Estado do Rio Grande do Sul, tendo como objetivo trazer informações estratégicas e técnicas para o setor agrícola, em âmbito local e regional.
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