Bahia finaliza plantio de algodão com incremento de 15% na área plantada, na safra 2021/2022

Com isso, a área dedicada à commodity no estado encerra o período com 306.375 hectares (ha)

17.02.2022 | 14:03 (UTC -3)
Catarina Guedes
Com isso, a área dedicada à commodity no estado encerra o período com 306.375 hectares (ha). - Foto: Divulgação  
Com isso, a área dedicada à commodity no estado encerra o período com 306.375 hectares (ha). - Foto: Divulgação  

O final do período da semeadura da safra 2021/2022 do algodão na Bahia trouxe perspectivas animadoras para o setor, com o aumento de 15% da área plantada, na comparação com o período anterior. Com isso, a área dedicada à commodity no estado encerra o período com 306.375 hectares (ha). Os dados são da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa).

A produção estimada pela instituição é de 584.311, toneladas de algodão beneficiado (pluma), com produtividade esperada de 1.907 quilos por hectare. O caroço de algodão tem produção prevista em 741.077 toneladas, com produtividade estimada em 2.425,80 quilos por hectare. O caroço de algodão é usado na alimentação animal.

O coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antônio Carlos Araújo, observa que “as fortes chuvas sobre a região Oeste da Bahia não chegaram a prejudicar o plantio da safra 2021/2022”.  A região Oeste tem a maior área plantada de algodão no estado, com 300.430 hectares, o equivalente a 98% do total. A região Sudoeste planta com 5.945 hectares (2%). O algodão plantado em regime de sequeiro é predominante na Bahia, com 255.361 hectares, contra apenas 51.014 hectares sob irrigação, o que significa, em termos percentuais, 83,35% e 16,65%, respectivamente.

Para o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a safra 2021/2022 tem – até agora – fortes indícios de ser um ciclo bastante remunerador para o produtor, caso as condições climáticas continuem favoráveis. “Os preços hoje são melhores do que no momento de decisão de plantio, no ano passado. O clima nos últimos dias tem favorecido o desenvolvimento da cultura e tivemos um dos mais baixos índices de bicudo registrados na entressafra. Já é hora de programar a próxima safra, em formar os custos para 2022/2023, adquirindo na melhor condição os fertilizantes e defensivos, que tiveram forte aumento de preço ante a safra anterior, e, também, buscando comercializar bem o algodão”, concluiu Bergamaschi.

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