Abertas as inscrições para o XII Curso de Cultura de Tecidos de Plantas
Prazo de inscrição vai de 16/07 a 09/08
A Bahia tem 75,69% % da sua produção de algodão certificada como sustentável pelo Programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que atua com o licenciamento pela entidade suíça, Better Cotton Iniciative (BCI) que atesta a adoção sistemática de critérios socioambientais pelas propriedades de algodão em todo o mundo. Nesta safra 2017/2018, foi certificado um total de 191.586,00 hectares de área abrangendo 53 propriedades de agricultores que comprovaram excelência em parâmetros mundiais de boas práticas sociais e ambientais, com respeito aos trabalhadores no campo, a exemplo do cumprimento de normas de saúde e segurança; e da legislação trabalhista e de preservação de meio ambiente.
Segundo a coordenadora do programa da área de sustentabilidade da Abapa, Bárbara Bonfim, há um crescimento constante da produção de algodão certificada no oeste da Bahia. “Diante dos resultados favoráveis dos produtores diante do mercado consumidor, existe o interesse dos demais produtores para obterem a certificação. A partir do momento que a fazenda começa a inserir as práticas sustentáveis na rotina, eles percebem os benefícios na gestão como um todo, melhorando também, os processos administrativo, contábil e de gestão do empreendimento”, explica. Desde o início dos trabalhos do ABR, em 2011, houve uma evolução considerável nos últimos seis anos, quando a certificação dos produtores baianos saiu de 21,1% para os atuais 75,69%.
Com 100% da sua área certificada, a produtora rural de Luís Eduardo Magalhães (BA), Alessandra Zanotto, é uma das entusiastas do programa Algodão Brasileiro Responsável e do licenciamento pela Better Cotton Iniciative (ABR/BCI). “Sabemos o quanto é complexo manter uma propriedade dentro das rigorosas legislações trabalhista e ambiental. Entendo o programa como um excelente suporte ao pontuar todos os itens para cumprimento das legislações e de outras questões ligadas à sustentabilidade. Embora muitos itens não sejam uma exigência legal, o cumprimento na rotina vem colaborando para a adoção de boas práticas que somente otimizam os nossos recursos, melhoram a produtividade e o relacionamento com os nossos funcionários, fornecedores e clientes”, afirma.
Para a certificação da safra 2017/2018, foram realizadas visitas técnicas para checar 179 itens ligados ao respeito à legislação e critério sustentável na produção agrícola, que será seguido pela elaboração e execução de um plano para atender as não conformidades e a contratação de uma auditoria externa para certificação. Para o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato, que também é produtor de algodão certificado, o programa de sustentabilidade da entidade vem acompanhando as ações de excelência técnica dos produtores de algodão no campo, que nesta safra 2017/2018 atingiu uma produtividade média maior que 300 arrobas/hectare, consolidando a Bahia como o segundo maior produtor de algodão do Brasil. “Estamos avançando nos pilares social e ambiental, de respeito aos colaboradores e ao meio ambiente, apoiando os nossos associados nesta certificação. Como entidade, oferecemos para quem trabalha no setor a capacitação, principalmente em segurança, por meio do Centro de Treinamento Parceiros da Tecnologia da Abapa, e estamos investindo mais de R$ 500 mil para apoiar a recuperação de nascentes de rios em onze municípios da nossa região ”, reforça.
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