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A ascensão brasileira à posição de terceiro maior produtor global de algodão em 2023 foi um dos destaques do evento anual da International Cotton Association (ICA), que ocorreu nos dias 11 e 12 de outubro, em Singapura. O Trade Event & Gala Dinner é o principal evento do ano da ICA, reunindo centenas de lideranças e profissionais do setor.
Na análise do diretor global da Louis Dreyfuss Company, Joe Nicosia, um dos palestrantes do evento, o algodão brasileiro apresenta um movimento similar ao que ocorreu no setor de soja. Atualmente, o Brasil é o maior produtor de soja no mundo.
Porém, Nicosia pondera que o avanço brasileiro também reflete uma conjuntura climática desfavorável aos Estados Unidos. “O Texas não permanecerá em estado de seca indefinidamente, e em algum momento retomará à produção robusta. Não sabemos quando será esse timing”, disse.
Mais que o volume produzido, a qualidade e a responsabilidade na produção do algodão brasileiro, no entanto, foram os ativos escolhidos pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para posicionar o País durante o evento da ICA. Pontos fortes atestados pelo mercado mundial.
“O algodão brasileiro é conhecido pela sua rastreabilidade, qualidade e compromisso com a sustentabilidade. A cadeia de produção de algodão no Brasil possui uma baixa pegada de carbono e critérios mais rigorosos do que as normas internacionais. Por isso, caminha para se tornar o primeiro exportador mundial”, destacou Eugênia Barthelmess, embaixadora do Brasil em Singapura e convidada de honra da programação paralela realizada pela Abrapa durante o Trade Event da ICA.
A agenda brasileira começou com o almoço “Cotton Brazil”, marca que representa a cadeia produtiva do algodão do Brasil no mercado internacional, com a presença de mais de 130 pessoas. No dia 10 de outubro, a associação organizou a “Sala Abrapa”, ambiente para roda de negócios, networking e apresentações sobre o momento atual da safra brasileira e as perspectivas futuras do algodão brasileiro.
O crescimento sustentável da cotonicultura brasileira é o que tem propiciado uma participação cada vez maior no mercado global, ponderou o presidente da Abrapa, Alexandre Schenkel. “A indústria nacional é nossa principal cliente. É importante lembrar que as exportações têm se expandido sem deixar de atender o nosso mercado interno”, observou ele.
A ICA é uma importante associação comercial e órgão arbitral do cenário global do algodão. Neste ano, seu evento anual contou com uma comitiva brasileira reforçada. Além da Abrapa, participam representantes das associações estaduais de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia e Maranhão. A comitiva goiana era composta pelo presidente e vice-presidente da Agopa, Haroldo Cunha e Carlos Alberto Moresco, além do coordenador do Conselho Gestor do Fialgo, Paulo Shimohira.
A presença consistente do algodão brasileiro no mercado internacional tomou corpo em 2019, quando Abrapa, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex.Brasil) e Anea lançaram o programa Cotton Brazil. A marca representa toda a cadeia produtiva do algodão brasileiro em escala global e prioriza dez países: China, Vietnã, Paquistão, Bangladesh, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Tailândia, Turquia e Egito.
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